03/05/2014

Política de Barra Mansa








Quando eu era mais jovem, acompanhava as promessas dos candidatos com entusiasmo, defendia e torcia pelo candidato A ou B, porque tinha convicção que o meu escolhido, resolveria o problema de minha cidade. Friedrich Nietzsche já alertava que “As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras”, mas nessa época eu era jovem e também não conhecia Nietzsche e muito menos entendia a regra do jogo (poder, bajulação, bens, enriquecimento, favorecimentos, almoços, empregos com ótimas remunerações, etc.), tudo conseguido através das mentiras e promessas que os políticos contam para conseguirem seus objetivos pessoais. 


As promessas eram tão convincentes que, somada a ingenuidade da idade, acreditava que se determinado candidato ganhasse a eleição, todos os problemas de transporte, educação, saúde, emprego e moradia, seriam resolvidos por aquele candidato.

Quando se é jovem, acredita em muitas coisas. Até no altruísmo das pessoas.

Vivi a maior parte de minha história na minha cidade natal acreditando que o próximo candidato seria melhor que o anterior. Cada candidato que entrava, deixava a cidade do mesmo jeito ou um pouco pior.

Com a passar do tempo, o véu caiu e comecei enxergar melhor como funciona esse jogo de promessas e o rodízio dos políticos e equipe que dá suporte.



Já perdi até amizade na família porque falei mal de um candidato que tal pessoa estava apoiando para prefeito de Barra Mansa em troca de algum cargo na administração.   

Existe um quadro no canal History Channel, onde o jornalista Eduardo Bueno diz: “Um povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la”. Associei essa frase às eleições de minha cidade natal e me questionei: Será que isso corresponde à realidade? Sofremos de amnésia ou ingenuidade crônica com os políticos que se revezam? Viveremos sempre na ilusão?

Hoje não tenho mais ilusões com isso. Já sei como funciona o jogo e interesses envolvidos.

Acorda Barra Mansa! Gosto muito dessa cidade, familiares e amigos que aí vivem!






Alex Gil em 2014

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