29/03/2016

Poema: Botões de rosas


Hoje publicarei três poemas. Como assim? Poesia? É isso mesmo Sr. Banal?

- Exatamente!  

- Mas isso é coisa de quem não tem o que fazer!

Pode ser, embora não concorde! Esse costuma ser o pensamento dominante, mas se você for um pouco mais rude com as letras vai logo dizer: Isso é coisa de viado!

Bem, você pode julgar de acordo com o que carrega dentro de si, és livre, cavalo!

A bem da verdade é que hoje ninguém lê poesia. Caiu em desuso assim como o chapéu.
Não quero bancar o "intelectual" para impressionar ninguém, até porque meu prazo de validade nessa área já está vencido há muito tempo.
Não vou dizer também que sou apaixonado por poesia porque eu estaria mentindo, mas confesso que admiro palavras que me fazem pensar sobre a vida. 
Na minha estante tenho poucos representantes: Fernando Pessoa, Mário Quintana e Vinícius de Moraes. Ah! Tenho também a obra completa de Fernando Pessoa que baixei grátis via e-book pela Amazon.com.
Quando eu tinha 24 anos, assisti ao filme chamado "Sociedade dos Poetas Mortos" que jamais esquecerei. Havia um professor "fora do padrão" interpretado pelo falecido Robin Williams que pedia a um aluno para recitar apenas a primeira estrofe de um determinado poema. Como naquela época a internet era discada e ainda não estava difundida, nunca tive a oportunidade de conhecer o poema completo. Hoje, finalmente navegando pela rede, encontrei-o na íntegra e compartilho com vocês.

Vamos ao primeiro de poema de hoje. Relaxe e limpe a mente antes de ler!

Colham botões de rosas enquanto podem, 
O velho Tempo continua voando:
E essa mesma flor que hoje lhes sorri,
Amanhã estará expirando.

O glorioso sol, lume do céu,
Quanto mais alto eleva-se a brilhar,
Mais cedo encerrará sua jornada,
E mais perto estará de se apagar.

Melhor idade não há que a primeira,
Quando a juventude e o sangue pulsam quentes;
Mas quando passa, piores são os tempos
Que se sucedem e se arrastam inclementes.

Por isso, sem recato, usem o tempo,
E enquanto podem, vivam a festejar,
Pois depois de haver perdido os áureos anos,
Terão o tempo inteiro para repousar. 


Autor Robert Herrick


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