08/05/2020

Página 10 - Meu Livro: Memórias de Zara Crotone

Esse comentário arremata qualquer tipo de conversa. A gênese de qualquer diálogo improdutivo costuma ser a chuva, o sol, se Deus quiser e no final tudo vai dar certo!


Para terminar logo o assunto, balanço a cabeça concordando com ela. Assim garanto um pouco de silêncio, pois não sinto nenhuma vontade de conversar. 

Uma moça de olhos verdes e cabelos loiros, saia curta e fones de ouvido, tipo Lolita, tateia seu aparelho celular com impaciência. Pela sua fisionomia parece mais aborrecida por estar longe da visão de pretendentes e amigos de “balada”, do que preocupada com a saúde de mãe. Por último, um homem com pinta de quarenta anos, magro, alto, divide seu olhar entre o monitor da televisão e as pernas da loira. Suponho que não vive bem com a sua mulher. Talvez seja infeliz e acorrentado num casamento de fachada. Ele usa uma pochete amarrada na cintura que por si só reduz qualquer chance de conquista, embora sua aparência e idade já seria suficiente para não obter nenhuma atenção de uma jovem bonita na flor da idade, salvo possuísse recursos suficientes para manter um bom padrão de vida para ela e o seu futuro amante.

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