09/04/2016

Goethe: Os sofrimentos do jovem Werther


Hoje é sábado ensolarado em Araras, dia de folga do trabalho remunerado e do despertador!

Estico o meu braço e pego meu celular no criado mudo às 8:00 h.

Tenho que me levantar lentamente da cama para que a vertigem não me ataque.

Nos últimos dias, até que melhorou um pouco, mas os efeitos colaterais do remédio causaram-me sonolência e reduziram minha produtividade no trabalho. 

Atravessei os dias pensando e desejando a cama e o travesseiro!

Bem, o importante é que hoje acordei bem, tomei meu banho, café e me senti disposto para ir ao centro da cidade para resolver algumas pendências da vida doméstica.

Anotei tudo o que eu precisava e enfiei o papel no bolso.

A propósito, o papel é um grande aliado da memória e o utilizo com frequência e eficiência!

Após resolver cada linha de minhas anotações, descartei-o devidamente e finalmente pude caminhar sem compromisso pelas ruas de Araras.

Atravesso a rua Tiradentes, que é a principal rua do comércio, subo em direção à praça Barão de Araras e alcanço a banca de jornais que fica ao lado oposto da Basílica Nossa Senhora do Patrocínio.

Antigamente, banca era um lugar onde se vendia apenas jornais e revistas. Hoje em dia, existem tantas coisas que podemos dizer que vende até jornais! O mesmo fenômeno ocorre com os postos de gasolina que vendem até pão quente a toda hora aqui perto de minha casa.

Um certo título me chamou a atenção na prateleira: "Os sofrimentos do jovem Werther" de Goethe. Não propriamente pelo título, mas sim pelo autor. Eu nunca havia lido nada de Goethe, mas sei que ele foi um escritor notável e o mais importante da Alemanha. Além disso, este livro o tornou famoso em toda Europa em 1774. Porém, Seu livro mais importante, considerada sua obra prima se chama Fausto, mas confesso que nesse momento ainda não tenho interesse.

Esse livro é uma edição comentada e que apesar de usado, apresentava ótimas condições. Paguei apenas R$ 9,00  e levei-o para a minha casa.

A compra não foi decidida apenas pelo impulso do momento. Como eu leio muito, eu vou tomando conhecimento de indicações e comentários dos livros considerados importantes e os deixo na fila de minha lista de desejos. 

Pode até ser que eu me decepcione com esse, como já me ocorreu em diversas literaturas pois nem sempre uma obra bem recomendada ou até mesmo um clássico, não significa satisfação garantida. Às vezes fico até na dúvida se o problema sou eu por não conseguir interpretar ou captar algo que os especialistas e outros nem tanto comentam sobre o texto ou se exageram em sua análise.

Acho também que o impacto de um livro na sociedade ou no leitor, depende de outros fatores como valores morais vigentes, costumes, idade, etc. Veja por exemplo o livro "Crime e Castigo" de Dostoiévski, com suas 510 páginas e extensos conflitos morais do protagonista durante todos os capítulos do livro... Hoje ninguém possui interesse em lê-lo.

As pessoas às quais eu mantive contato tipo família, amigos e trabalho nunca mencionaram sequer um comentário sobre este livro ou autor durante toda a minha existência!

É como se toda literatura mundial conhecida nunca tivesse existido por onde eu passei!!!
Para ser justo, tenho apenas um amigo de Barra Mansa que conhece essa obra entre outras, mas ele é uma exceção. 

Bem, para finalizar, o pequeno livro de Goethe agora está em minha vaidosa prateleira e entrará na fila de leitura. Goethe será mais um amigo que ainda não conheço mas que logo que possível, conversará comigo através do tempo e ajudará a matar um pouco da minha sede por conhecimento e prazer.

Por hoje é isso!

Até a próxima publicação!


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