Título estranho não é mesmo? Já explico.
Outro dia eu estava lendo Kant (aquele filósofo) e me deparei com uma situação interessante que ouso compartilhar aqui no Blog Banal.
Kant propôs uma situação e gostaria que você leitor, se colocasse no lugar e pensasse sobre o assunto.
Tomarei a liberdade de adaptar várias partes ao meu estilo, para tentar tornar a leitura mais agradável (presunção minha).
Imagine que numa certa noite, você se encontra sozinho dentro de sua casa e ouve uma batida forte na porta. (Nesse ponto, preciso fazer um comentário importante: Considere que essa situação tenha ocorrida na época de Kant (1724-1804) e lógico, naquele tempo não existia a violência como atualmente e vamos presumir que você abrirá a porta sem medo de ser um ladrão ou outra ameaça. Estamos combinados?)
Continuando então. Você chega até a porta e quando abre, depara-se com um rapaz que nitidamente precisa de ajuda: está ferido e sangrando. Você o coloca para dentro de casa, o ajuda a se sentir seguro e confortável, depois chama uma ambulância.
Agora vem a pergunta: Você o ajudou porque essa é a coisa certa a fazer ou porque sentiu pena daquela pessoa?
Pensou?
Então, sem suspense, vamos conhecer o que Kant pensava sobre essa situação. De acordo com Kant, se você o ajuda simplesmente porque sente pena dele, esta não seria de jeito nenhum uma ação moral. Sua solidariedade é irrelevante para a moralidade da ação. A solidariedade faz parte do seu caráter, mas nada tem a ver com o que é certo ou errado. Para Kant, a moralidade não diz respeito apenas a o que fazer, mas também a por que fazer. Aqueles que fazem a coisa certa não o fazem só por causa do modo como se sentem: a decisão precisa ser baseada na razão, pois é ela que diz qual é o nosso dever, independentemente de como porventura nos sentimos.
Kant pensava que as emoções não deviam se misturar com a moral. O fato de termos ou não emoções não passa de uma questão de sorte. Algumas pessoas sentem compaixão e empatia, outras não. Algumas são medíocres e acham difícil ser generosas; outras se sentem extremamente alegres por doar dinheiro e posses para ajudar os outros. Mas ser bom é algo que toda pessoa razoável deveria ser capaz de atingir por meio das próprias escolhas. Para Kant, se você ajuda o rapaz porque sabe que é seu dever, está agindo moralmente. Esta é a coisa certa a fazer porque é o que todos fariam se estivessem na mesma situação.
Em tempo, é óbvio que a pessoa que precisa de ajuda está pouco se importando sobre a sua motivação. Ele precisa de ajuda e pronto! E tem mais, essa elucubração não chega a lugar algum numa situação de real necessidade. Deixemos essas análises e culpas aos idealizadores.
Bem gente, esse assunto poderia continuar, mas como atualmente quase ninguém possui tempo ou vontade para ler um texto com mais de 30 linhas e ainda mais sobre filosofia (que adoro), ficamos por aqui!
Obrigado pela leitura.
Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 28/02/2016
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