10/05/2016

Minha queda!



Hoje contarei mais uma história banal nesse diário para justificar o nome do Blog!

No último feriado de Tiradentes deste ano, fomos (eu e minha família) para uma pacata cidade chamada Analândia, que possui apenas 4.672 habitantes. Ela encontra-se distante 66 Km da cidade de Araras-SP onde moro há 7 anos. 

Antigamente essa cidade se chamava Anápolis mas como em Goiás também existe uma cidade com o mesmo nome, resolveram alterar o nome para Analândia. Chegando nessa cidade avistamos um grande morro com 900 metros de altura que é conhecido como cuscuzeiro. É um ponto turístico, local de contemplação e escalada, porém não sentimos vontade de subir pois estava com bastante calor e preferimos tomar banho de cachoeira. Além disso essa aventura no morro parecia complicada porque estávamos com nossos 2 filhos e poderia ser inseguro. Fiz uma pesquisa e descobri que deram esse curioso nome ao morro porque julgaram o seu formato parecido com uma panela para fazer cuscuz! Achei esse nome muito estranho porque acredito que quase ninguém sabe o que é uma panela de cuscuz! Nem eu! Aliás, essa formação me lembra mais uma chapéu de jagunço ou uma pirâmide inacabada. Parece também um local abandonado por alguma civilização antiga e até um vulcão. 

O sol estava forte e a água fresca da cachoeira poderia ser uma boa opção para o feriado. Após visitarmos alguns pontos turísticos, optamos pela "Cachoeira do Escorrega" para passar o dia. Ela é um pouco inclinada e as pessoas, principalmente os jovens, se divertem escorregando com aquelas boias feitas de pneu de caminhão alugadas pelo proprietário do sítio. Sim, para chegar até aquela cachoeira precisamos entrar através de uma propriedade particular que explora o local com refeição, estacionamento para o carro, banheiro e camping. Resumindo, a cachoeira é pública mas o acesso é privado! 

Eu não tive coragem de escorregar porque observei que a descida era bem perigosa. Resolvemos avançar com cuidado pelo canto das pedras escorregadias, com a mochila no ombro enquanto as mãos puxavam o mato lateral para ficarmos no topo a cachoeira. Tudo parecia tranquilo até que ...no meio do caminho tinha uma pedra... uma pedra muito lisa e molhada que me fez desequilibrar e não conseguindo me agarrar em lugar nenhum, caí feito uma abóbora e escorreguei inesperadamente até a base da cachoeira sem enxergar nada e só parei porque não tinha mais onde cair! 

Levantei cheio de dores, aguardei alguns minutos para me recuperar e subi com cuidado redobrado, triste e devagar até chegar ao topo. Refeito o susto, pedi ao meu filho que buscasse a mochila que acabou ficando lá embaixo e o preveni para tomar muito cuidado e andar pela canto da pedra porque estava muito escorregadia. 

Ele foi descendo com cuidado até que... Pumba! Coitado! Desequilibrou-se e desceu escorregando e foi parar no mesmo lugar que eu caí alguns minutos antes!!! 

Depois disso, chegamos a conclusão de que não foi uma boa escolha essa tal "Cachoeira do Escorrega" pois ganhamos dores no lugar ao invés de sentir um prazer. 

Apesar desse imprevisto, insistimos e ficamos o dia inteiro nesse "inesquecível" passeio e finalmente voltamos para a nossa casa com o corpo todo dolorido! 

Voltar para a cama macia é bom demais! 

E assim termino mais uma história banal de minha vida. 


Nota do autor: Achou a história banal? Eu também. Aliás a nossa vida inteira é feita de uma coleção de banalidades! Na pior das hipóteses, serve para saber que existe um lugar com o nome de Analândia que possui cachoeira que escorrega e o famoso morro chamado cuscuzeiro que parece uma pirâmide de preguiçosos! 


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