30/12/2015

A vida sem ponto final - Parte 2


...E o tempo vai passando
Uma ruga aqui, um cabelo branco ali
Já estou no final da esquina da década de quarenta
Disso eu não reclamo 
Aceito com naturalidade o que nada posso fazer 
Contra o implacável, a minha resignação dói menos, garanto. 
Antigamente torcia para os dias passarem bem rápidos
Desejos da juventude apressada por "liberdade"
Eu disse liberdade ou troca de prisão?
Vivemos iludidos e isso nos leva à frente até ao nada
Passamos a vida torcendo
E de torcida em torcida avançamos
E por falar em torcida
Torço para o Botafogo
Formalidade para me enquadrar à formatação
Com o tempo diminuímos nossas torcidas por coisas sem importância
Na juventude somos cegos!
O meio nos empurra para uma cilada e quem está dentro fica míope
Idade não cura ingenuidade e muitos continuam imaturos até a morte
Como crianças velhas que matam pelo seu time
Uma fuga banal
Discutimos futebol como se fosse um problema mundial
Falta de tempo, assunto, maturidade ou ingenuidade?
Mas isso não é regra geral
Muita gente inteligente também discute futebol
Essa frase é para não perder os amigos inteligentes
Admiro gente perspicaz
Insignificantes satisfações, troféu de tolo
Fuga momentânea da miséria
Ócio para a manutenção da amizade
É como falar que o dia está quente quando não tem assunto.
Não sou muito bom nas regras gramaticais
Escrevo de teimoso ou falta de vergonha
Escrevo também sem interesse em ofendê-lo
Dizem que quem discute futebol não gosta de ler
Não sei e nem quero saber!
Então estarei tranquilo porque nunca lerão essa porcaria que escrevo
Se bem que pouco importo também
Uma ignorada a menos não faz diferença na minha vida
Desejo quem me deseja
Agora me deu vontade de escrever sobre loucura
De loucura em loucura, vamos sobrevivendo
Acho que todos somos loucos
Cada um ao seu modo e grau
Aparentamos normalidade
No íntimo ninguém é normal
A vida é um teatro
Para sobreviver, uma dose de loucura
E uma queijadinha de leite moça e queijo ralado!
Dentro de cada mente um outro mundo
E dentro de cada barriga, uma fome
Fora da mente a formatação dos padrões que a sociedade julga normal
O mundo interno e o mundo externo
Vivemos dois mundos, muitas vezes conflitantes
O que a gente aparenta externamente e o que a sociedade espera e julga normal
O mundo interno é mais louco, suportável e familiar?
O externo é falsificado, ajustado e representado
Aqui nesse espaço banal misturo os dois lados
A loucura, a sanidade e as bobagens
Palavras sem importância
Cansativas para quem não gosta de ler
Mas eu entendo isso
Eu também não gosto de muita coisa
Eu detesto pescar mas adoro peixe frito
E muitas vezes gosto de ficar quieto
Deixo as palavras presas em minha mente
Porque palavras soltas ofendem
O mundo não me suportaria se eu fosse sempre sincero
A sinceridade afasta amigos, parentes, vizinhos e até admiradores
É preciso ajustar-se às regras da sociedade
No jogo da vida existe regra
E quem não entende se sucumbe
Em todo homem há um louco dentro de si
Tem gente que não aceita as regras
Outros a burlam, se machucam ou se isolam
O mundo gosta de disfarce
O mundo implora por aparências
O mundo adora etiquetas
E assim o produto é melhor oferecido
Tem muita gente que compra
Mesmo sem valor
Mundo de aparências
Mundo de Platão
Mundo de retóricas
Pensamentos inconfessáveis
Julgamentos impronunciáveis
Desejos oprimidos
Alianças convenientes
Simpatias desonestas
Amizades circunstanciais
Tudo louco!
Palavras, palavras, palavras!
Cenas, celas, selas!
Abro os olhos e vejo a luz
Estou embriagado de pensamentos
Preciso voltar ao mundo externo
A cama está macia
Palavras retiradas do sótão da mente
Muitas sem sentido
Registradas apenas para distrair
Ou esvaziar
Não sou um poeta
Não sou um escritor

Não sou nada
Escrevo bobagens
Sou apenas um macaco que escreve
Eu sou muito banal
Não me envergonho por isso
Nem pelos meus erros de português
Nem pelo tempo que perco
A noite avança
Do outro lado da porta o carcereiro atento aos ruídos
É o meu filho que não dorme
O jeito é escrever!!!
Situação que apenas os casados com filhos entendem
O ventilador está ligado
Televisão desligada
Falta coragem de jogá-la no lixo
Não preciso dessa cela
Não preciso dessa merda!
Quero um mundo sem TV
Quero apenas a luz de meu Notebook iluminando meu teclado
Registrando meus pensamentos banais enquanto o sono não vem
Meus olhos estão pesando
Minha mente está mais leve
Esqueço o dia cansativo
Esqueço porque existo
Não me preocupo para onde vou
Não me visto com luxo
Nem cobiço quem veste etiqueta
Vaidade que não me atrai
Gosto de simplicidade
Alimento do que eu trabalho
E vivo com que apenas me pertence
Não me envergonho de escrever bobagens
Existem bobagens impublicáveis
Livre é a pessoa que não tem medo do ridículo

Essa frase não é minha
O mundo segue o seu rumo
Amanhã mais um dia
Já é quase uma hora da manhã
Preciso desligar

Leu até aqui:
Conseguiu ler até aqui?
Desculpe-me, mas não tenho nada a lhe oferecer
Preciso de água fresca do barro da moringa
Pois a minha boca está sedenta
Não paro de pensar na água
Mas é assim que terminarei esse texto?
Sem uma grande frase ou uma lição?
E você sabe como vai terminar a sua tão importante vida?
Será como um pontinho bonitinho e redondinho no final da frase?
Claro que não!
Às vezes não dá tempo nem de despedir-se
Nem dar o último beijo
Nem o último xixi
Você começa escrevendo e repent






Chega!



Esse texto é uma continuação da parte 1 a seguir:

http://alexgilrodrigues.blogspot.com.br/2015/12/a-vida-sem-ponto-final_29.html

Fim!

A vida sem ponto final Parte 1



Estou de volta nessa tela fria
Apertando teclas em frases curtas
Feito um macaco que registra bobagens
Apontando o dedo sem direção
A procura de um assunto qualquer

Enquanto escrevo da vida
E porque falar da vida?
Porque esse é um tema fácil
E porque insistimos na vida?
Porque viver ainda vale a pena
Algumas vezes a vida é muito chata
Mas às vezes ela é surpreendente
E é por isso que aqui estou
Afinal, o saldo ainda é positivo
E ainda dá para mencioná-la
Mesmo com os aborrecimentos
E já que falei disso
Tenho certeza de que os meus não te aborrecem
Pois os seus também não me afetam
Então estamos quites
Quem venham novas manhãs, novas esperanças e novos problemas
Janeiro chegando e junto dele o calor!
Ah! o calor! Passamos a vida reclamando disso também
Dizem que com o tempo a tudo acostumamos
Mas isso não é verdade
Visitei recentemente uma cidade quente
Destas que todo mundo reclama
O povo, o porteiro, o funcionário e o velho
Aliás, velho reclama de quase tudo
Do frio, da dor, da solidão, do presente, da vida
Será uma uma preparação inconsciente para o fim?
Ou o cansaço de uma vida com muito trabalho?
Só deixamos de reclamar quando perdemos
O valor das coisas está na ausência
E essa regra vale para tudo
Reclamamos se chove, se esquenta, se esfria, se neva
Viver é reclamar!
Somos eternamente insatisfeitos
E o tempo vai passando e a vida ficando
Primavera, Verão, Outono e Inverno
Segunda-feira, terça-feira, quarta-feira
Assim avançamos do berço ao túmulo
Uma vida resumida em uma frase
É claro que a vida é muito mais do que isso
Mas quando queremos resumir, isso basta
Aqui estou, vivo e mais velho
Pareço infeliz? Que nada
Não vou dizer que estou com o sorriso nos lábios
Mas também não quero me suicidar
Ainda tenho prazeres que compensam os aborrecimentos:
A mesa, a cama, a literatura, a música, o sorriso, os filhos, a mulher, o cachorro, um trabalho bem feito, o reconhecimento, a viagem, as férias, o café com pão, a bebida social, a casa, o carro, algumas amizades, a simplicidade, o silêncio do despertador, o sol fraco, o azul, o mar...a vida! 


Continua parte 2 com o mesmo título.

http://alexgilrodrigues.blogspot.com.br/2015/12/a-vida-sem-ponto-final-continuacao.html


Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 29/12/2015 e obrigado pela visita. .


27/12/2015

Paródia: Porque as abelhas não vão para o céu?



Paródia infantil e divertida sobre nossa espécie e seus desejos de imortalidade. Não recomendado para religiosos, ignorantes ou sem senso de humor. Efeito colateral: Desejar-me o inferno! 



Publicado por Alex Gil Rodrigues em 27/12/2015



25/12/2015

Dancem, macacos, dancem



Este vídeo apresenta uma abordagem perspicaz e divertida sobre os "macacos".


Publicado por Alex Gil Rodrigues em 25/12/2015


Música: Folhas Secas


A letra dessa música é muito simples, mas a interpretação de Elis Regina a eleva e encanta. Coloque um fone de ouvido e note sua seriedade ao interpretá-la.  

Aproveitando o gancho, gosto de gente que se entrega para fazer o melhor em todos os campos da vida. O resultado é sempre melhor quando nos esforçamos em colocar algo a mais.

Isso é música para jantar, conversar, amar, viajar, enfim viver!




Elaborado por Alex Gil Rodrigues no Natal de 25/12/2015



Coisas que eu não entendo n° 1 - Prato de comida


Caro leitor, tive a ideia de publicar temas relacionados as "Coisas que eu não entendo", quando der vontade e portanto, sem compromisso ou ordenação. Aqui no Blog banal a vida funciona desse jeito. Só não reparem os erros de português.

Para inaugurar essa série banal, vamos à primeira publicação:

Quando chego em casa à noite, depois de um dia de trabalho, não espero que minha filha agradeça pelo prato de comida que está à mesa. Sou um sujeito banal, finito, mortal e ciente de que prover alimento à minha família, bem como outras coisas básicas, é minha obrigação moral. Não preciso que ela pegue a minha mão e se comporte como um criado que acompanha o seu amo e agradeça por tudo!

Assim sendo, porque dizem que um ser sobrenatural infinitamente bom, perfeito, eterno, amoroso, incansável e autossuficiente faria questão por essa atenção diariamente?

Sentiu-se incomodado com essa questão? Liga não, isso é fruto de um cérebro que pensa e questiona e portanto, acostume-se com o pensamento diferente. 


Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 25/12/2015


Meu vício

Sou um viciado e gostaria de contar a minha história. Solicito que não se apiedem de mim pois sou o maior responsável pelas minhas escolhas. Rogo também que não me indiquem tratamento, clínica ou igreja pois sou feliz apesar dos "efeitos colaterais".

Tudo começou muito rápido. Eu nem era tão jovem e um amigo me ofereceu para experimentar. Não me cobrou nada e como todos sabem, a primeira vez é oferecida como cortesia. Essa é a estratégia adotada para a porta do vício se abrir.

Aceitei por livre e espontânea vontade. Ele me disse que se eu experimentasse teria muito prazer e veria a vida de outra forma. Movido pela curiosidade resolvi aceitar.

Em minha casa, ninguém nunca consumiu esse produto. Fui o primeiro a ter esse contato.
Pequei o pacote e levei secretamente para a minha casa.

Esperei todo mundo dormir para poder mexer naquele embrulho com tranquilidade e privacidade.

Escondi-o debaixo de minha cama para utilizar depois que todo mundo estivesse dormindo.

Passava da meia noite quando fui até à cozinha tomar um copo d´água para certificar se todos estavam dormindo. A casa estava silenciosa. Voltei para o quarto na ponta dos pés, fechei a porta, liguei o abajur e estiquei o braço para alcançar a sacola plástica. Abri cuidadosamente e surpresa!!!


Peguei o meu primeiro livro com as duas mãos e cheirei-o.
Tinha um aroma envelhecido. Passei os dedos e percebi a sua textura lisa e folhas um pouco amareladas. Examinei a capa, o número de páginas, o nome do autor e finalmente comecei a usar aquele negócio.

Li quase a noite inteira e só interrompi porque tinha que acordar cedo para trabalhar.
Antes disso eu não era viciado e essa foi a porta de entrada para o vício.

Aquela leitura me perturbou e acordei doido para continuar até o final. A medida que lia, muitos pensamentos e questionamentos foram surgindo e minha vontade de entrar naquele mundo crescia cada vez mais.

Com o tempo e meu vício foi aumentando. Usava no banheiro, no carro, na cama, na casa de parentes, na sala de espera do dentista, na fila do banco e em qualquer lugar. Não tinha mais jeito. Onde existia um tempo disponível, havia um livro junto.

Comecei a frequentar sebos e livrarias, lugares tipicamente frequentados por viciados para manter contato com aquele meio. Nas estantes, centenas de "traficantes" com suas ideias revolucionárias e provocadoras.

Havia todo tipo de droga nas prateleiras. No início a minha preferência era por história, depois comecei a usar filosofia, ciência, romance, astronomia, biografia, história...
Os caminhos dos vícios são tortuosos, progressivos e com o tempo você quer mais e mais.

A literatura, além de me dar muito prazer e euforia, causou-me outro efeito colateral: comecei a pensar muito e, pior do que isso, pensar diferente e questionar tudo.

A vida estava tão ordenada e equilibrada. Tudo se encaixava tão bonitinho.

Depois veio a filosofia e jogou no chão todos os conceitos aprendidos e tudo que mamãe, o padre e o pastor ensinavam. Havia uma hipocrisia no ar e comecei a desconfiar de todo aquele pensamento predominante e comecei a duvidar de tudo. Tornei-me um cético.

Esse modo de pensar tem me causado alguns problemas porque me tornei um sujeito "fora da bolha", para utilizar um termo desse meu amigo que emprestou a minha primeira "droga".

Hoje tenho a segurança de que não quero me curar desse vício. A diferença desta para outros alucinógenos convencionais, e que me aproximei mais da realidade e afastei-me das ilusões reconfortantes.

Hoje sofro de realidade, é verdade, mas prefiro assim. Se bem que isso não é sofrimento. É maturidade e independência de ilusões reconfortantes.
Ultimamente estou misturando a literatura e a música. Confesso que é o maior "barato", pois dá muita paz, prazer e liberdade.

Bem gente, fico por aqui e posteriormente escreverei divulgarei algumas "drogas" interessantes, caso tenham interesse.



Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 24/12/2015

12/12/2015

Música tema do filme "A Missão"


Essa música possui o poder extraordinário de desequilibrar os sentimentos, em qualquer época. Ouvi pela primeira vez há 29 anos no cinema e ficou gravada para sempre. As cenas do filme foram apagadas da memória porém a música jamais. Na época, era jovem, e na saída do extinto Cine Riviera em Barra Mansa-RJ, eu sequei as lágrimas para ninguém me ver. Hoje o tempo passou, choro de emoção sem essa preocupação e tenho até coragem de escrever isso publicamente. 


Publicado por Alex Gil Rodrigues em 12/12/2015


Em tempo, obrigado ao meu amigo Luis Vallejo que publicou essa pérola e raptei-a.

Música: Ave Maria





Ave Maria de Franz Schubert, cantada em alemão. Linda, linda, linda! 


Essa é a prova de que é possível admirar uma boa música independente de motivações religiosas. 

Se bem que isso depende muito do grau de liberdade e do comprometimento da mente do sujeito. Conheço pessoas de uma corrente religiosa que não ouviriam essa música de forma alguma, simplesmente pela sua associação à igreja católica. Eu, nenhum pouco preocupado com essas questões e amante da liberdade intelectual, não possuo essa limitação. Tenho a liberdade de admirar uma escultura, arquitetura ou música, sem associá-la às correntes da religião. Vivo melhor assim. Já possuímos controles demais pela sobrevivência, porque colocar voluntariamente mais um cabresto nessa linda cabecinha?

Essa música me remete à infância. Tocava regularmente às 18:00 h numa rádio de minha cidade natal (Barra Mansa-RJ). Ainda toca, segundo informações de amigos.



Publicado por Alex Gil Rodrigues em 12/12/2015



Música: Bolero de Ravel


Essa música com seu início lento, progressivo e repetitivo pode aborrecer algumas pessoas. Eu não sinto isso. Foi composto por Maurice Ravel (1875-1937). Pesquisei um fato curioso sobre a estreia de sua obra. Ravel ficou sabendo que na estréia, uma pessoa da plateia afirmou que o compositor só poderia ser louco por compor algo tão monótono, ao que Ravel respondeu sorridente: "Ela compreendeu perfeitamente". Inclusive o próprio autor desprezava sua peça mais famosa, achando-a trivial, escrevendo um texto nada entusiasmado para a estreia da obra. Particularmente gosto dessa música e tenho o hábito de imaginar algo enquanto ouço. Essa, por exemplo, me remete à seguinte imagem: Uma longa viagem à pé, debaixo do sol escaldante do deserto como se fosse um hebreu indo em direção à fuga da escravidão... Não sei se essa imagem foi criada originalmente em minha mente ou se reminiscência de algum filme. 
Depois de uma certa idade a gente não sabe mais o que é original e o que é cópia em nossa cabeça.


E você o que você sente ao ouvir essa música?


Publicado por Alex Gil Rodrigues em 12/12/2015


Música: Clair de lune


O que eu poderia dizer sobre essa música?
Bem, num primeiro momento ela transmite paz e serenidade como uma noite fresca e silenciosa. A medida que vou ouvindo, lentamente sou envolvido por uma grande tristeza... Vem à tona aquela sensação de que um dia terei que partir e deixar pra trás tudo e todos. E pior, sem me despedir. Se bem que a despedida não seria a solução. É melhor então que seja assim.

Quase ninguém em meu meio conhece o autor dessa música, mas apesar disso, sua obra ficou. Os homens passam, suas obras ficam e são esquecidos para sempre. Isso é assustador. Não há como escapar. Se bem que quando isso ocorrer, não saberei, pois para saber, devo ser quem sou e não sendo quem sou, nada serei e consequentemente nada saberei, pois o que me faz saber é o ato de ser...
Enquanto digito essas letras aqui nessa noite de sábado, o grão da ampulheta da vida vai caindo aos poucos. Que caiam bem devagar e existam em quantidade suficiente para desfrutar um pouco mais, pois não tenho mais pressa para o tempo avançar, para viver a minha vida.



Publicado por Alex Gil Rodrigues em 12/12/2015




Música: Eu quero ser feliz agora


Até que a letra dessa música é interessante e vai de encontro ao que penso, veja:

Se alguém disser pra você não cantar
Deixar teu sonho ali pr'uma outra hora
Que a segurança exige medo
Que quem tem medo Deus adora

Se alguém disser pra você não dançar

Que nessa festa você tá de fora
Que você volte pro rebanho.
Não acredite, grite, sem demora...

Se alguém vier com papo perigoso de dizer que é preciso paciência pra viver.

Que andando ali quieto
Comportado, limitado
Só coitado, você não vai se perder
Que manso imitando uma boiada, você vai boca fechada pro curral sem merecer
Que Deus só manda ajuda a quem se ferra, e quando o guarda-chuva emperra certamente vai chover.
Se joga na primeira ousadia, que tá pra nascer o dia do futuro que te adora.
E bota o microfone na lapela, olha pra vida e diz pra ela...




Publicado por Alex Gil Rodrigues em 12/12/2015



Uma vida inteira para descobrir





Publicado por Alex Gil Rodrigues em 12/12/2015



Música: Agonia



Essa é para ouvir com os olhos fechados. Espetacular!



Publicado por Alex Gil Rodrigues em 12/12/2015

Música: A Lista





Publicado por Alex Gil Rodrigues em 12/12/2015



08/12/2015

Vença por suas atitudes, não discuta



Qualquer triunfo momentâneo que você tenha alcançado discutindo é na verdade uma vitória de Pirro: o ressentimento e a má vontade que você desperta são mais fortes e permanentes do que qualquer mudança momentânea de opinião. É muito mais eficaz fazer os outros concordarem com você por suas atitudes, sem dizer uma palavra. Demonstre, não explique.

Autor: R. Greene



Publicado por Alex Gil Rodrigues em 08/12/2015




Não pareça perfeito demais



Parecer melhor do que os outros é sempre perigoso, mas o que é perigosíssimo é parecer não ter falhas ou fraquezas. A inveja cria inimigos silenciosos. É sinal de astúcia exibir ocasionalmente alguns defeitos e admitir vícios inofensivos, para desviar a inveja e parecer mais humano e acessível. Só os deuses e os mortos podem parecer perfeito impunemente.

Autor: R. Greene





Publicado por Alex Gil Rodrigues em 08/12/2015


06/12/2015

Linda música com a Laura Pausini e Michael Buble





Se os mais jovens disserem que isso é música de velho... Então sou! 

Depois que a música terminou e Laura Pausini se dirige à saída, o cantor no minuto 4:42 dispara:

 - Odeio te ver partir, mas amo te olhar saindo!  



Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 06/12/2015


05/12/2015

O que você está pensando?


Raro leitor, recentemente fui ao Shopping D.Pedro em Campinas e como habitual, visitei uma livraria para garimpar algo interessante. A capa de um certo livro, com uma fotografia de uma maçã mordida me chamou a atenção e acabei comprando. O título desse livro é "Os sete pecados - Inveja - Como ela mudou a história do mundo", de Alexandre Carvalho.

Existem várias histórias interessantes nesse livrinho e tomarei a liberdade de reproduzir apenas um pequeno trecho, porque estou com preguiça de escrever hoje.

Para melhor ilustração, recomendo assistir o vídeo abaixo apenas depois dessa leitura.

"O Facebook e o Instagram é na parte do tempo cenários idílicos de gente se divertindo, além das refeições mais fotogênicas de todos os tempos.

Praias poluídas, impróprias para banho, ganha cara de Polinésia. Sujeitos feios só aparecem em seus ângulos mais favoráveis.

Crianças hiperativas surgem quietas e fofas, com um coelhinho no colo. E ninguém esquece a data do aniversário de ninguém, mesmo que evite a pessoa no dia a dia. Parece o reino encantado da falsidade. Só que tem uma coisa: na vida real é igualzinho.

Quem só fala de doença ou falta de dinheiro acaba bebendo sozinho em um canto da festa.

O que as pessoas projetam em suas interações pessoais são as coisas boas e desejáveis - assim como no passado onde se torturava as visitas e parentes mostrando os álbuns de fotografias de sua viagem. A diferença é que a internet permite uma exposição de imagem em nível inédito: uma distribuição diária de fotos em que ninguém vê ninguém de TPM, ressaca ou com herpes bucal.

Uma ilustração de como se expor está representada na curta metragem abaixo com o título: O que você está pensando? do norueguês Shaun Higton.

O filme mostra um personagem fictício, que invejoso das fotos dos amigos na rede social, começa a publicar imagens e comentários falsos, nos quais sua vida é um mar de rosas.

E assim, ele ganha o que lhe parece mais importante: dezenas e centenas de likes. Ele publica, por exemplo, uma foto com fone de ouvido e camiseta de malhação, respirando pesado em meio à natureza, e comenta que acabou de correr 20 quilômetros. Só que volta para o sedentarismo dentro do carro assim que faz o registro.

Depois, quando descobre que é traído pela mulher, escreve: "Finalmente solteiro" Quem quer ir para a balada?" - e recebe 42 likes - 

Ainda que, na verdade, esteja desolado com o abandono.

Já ao ser abordado por uma prostituta na rua, tem uma ideia e muda seu status no Facebook para "Estou num relacionamento aberto". - 103 likes.

Finalmente, quando é demitido, anuncia que largou seu emprego, adicionando a hastag #followyourdreams - e com essa estratégia ganha 247 likes".

O autor do vídeo explicou que sua inspiração veio depois que estava olhando o seu Facebook e pensou que todo mundo parece fantástico o tempo inteiro. Ele quis mostrar que, embora a ilusão de sucesso social nas redes de internet projete uma imagem positiva, ao mesmo tempo pode provocar uma compulsão por reafirmar a própria felicidade. E isso, como o filme deixa claro, não é coisa de gente feliz.





Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 05/12/2015. Acho que esse texto merece um complemento antes de terminá-lo. Não me coloco acima dessa realidade, pois faço parte dessa rede e "ainda" a utilizo de forma prazerosa. O Facebook me permitiu manter contatos com pessoas que fizeram e ainda fazem parte de minha história, além de promover amizades virtuais, uma novidade da modernidade. Além disso, essa tecnologia me permite manter contato antes inimaginável, com baixo custo e de forma instantânea, e só por isso, já vale a pena fazer parte dessa rede. Essa rede é tão poderosa, apesar dos chatos, vaidosos, fanáticos, agentes secretos ou fanáticos . Percebo também que mesmo aqueles que se aborrecem, não conseguem se distanciar de fato. Eu mesmo já me enchi o saco em determinada época e fiquei ausente 5 meses, mas estou aqui de volta.

Conheço gente que parece nem estar participando da rede social e isso me incomoda... mas pode ter certeza que mesmo sem dar as caras ele acompanha silenciosamente pois dificilmente toma a decisão de cancelar a sua conta no FB.  Hoje todo mundo possui um celular e quem resiste não dar uma olhadinha na fila do supermercado, do banco, da sala de espera do dentista, do silêncio do banheiro, no trânsito engarrafado, nos momentos de ociosidade, nas viagens?


Por hoje é só!

Obrigado pela visita e não reparem os erros de português.

Quase sempre o ser humano é disfarce, mentira e hipocrisia



Após assistir esse pequeno vídeo de 2 minutos, deu vontade de escrever sobre um comportamento reprovável e necessário para a convivência entre os bípedes: a mentira e a hipocrisia. 

Seja bem-vindo no Blog Banal, um lugar onde não se você ganha nada e ainda por cima perde o seu tempo.

Para convivermos em sociedade, não podemos dizer a verdade o tempo todo, porque a sinceridade fere e afasta o outro. 

Já ouvi gente dizer que detesta a hipocrisia! Ora meu amigo, isso equivale dizer que é preferível ser um rico com dinheiro do que um pobre doente.

A questão não é gostar ou detestar. Ninguém gosta de ser enganado e o problema central não é esse. Algumas mentiras, infelizmente, são necessárias para a manutenção da relação conforme dito inicialmente.

Para exemplificar esse pensamento, segue uma história que certamente ocorre em muitos lugares. 

Imagine que você seja uma pessoa silenciosa, que ouve suas músicas num volume apreciável, possui um tom de voz educado e procura não fazer barulho para não incomodar ninguém. Entretanto, você, como a maioria das pessoas, mora bem próximo de seu vizinho hipotético cujos habitantes falam aos berros, gritam uns com os outros, xingam, brigam excessivamente, batem as portas e adoram ouvir músicas com o volume mais alto do que o normal. 

No dia seguinte, você está em frente à sua casa, varrendo as folhas de uma árvore plantada em sua calçada, enquanto o seu vizinho caminha em sua direção e pára para cumprimentá-lo. 

Assim que você percebe a aproximação, sente uma tristeza e lembra imediatamente o modo de vida de seu vizinho que tira a sua paz e incomoda muito. Sua vontade é de fechar a cara e nem cumprimentá-lo. Mas não há como escapar! Ele está ali do seu lado sorrindo como se fosse uma boa pessoa, fala bom dia e pergunta como você está!

Nesse momento você possui duas opções: Fala a verdade e rompe a relação ou coloca a máscara de bom vizinho, respondendo-lhe bom dia e diz que está tudo bem, graças a Deus! 

Você pode até pensar que existe uma terceira opção não considerada que seria chamar o querido vizinho para uma conversa e reclamar dos berros, gritos, xingamentos, das portas batidas e do volume das músicas, mas você não acredita mais em milagres e nem mesmo no poder da transformação súbita das pessoas sem educação.

Então, não tendo outra saída, a vida segue e a hipocrisia o acompanha para o resto de sua vida.

E assim termino mais um texto banal em 05/12/2015. Ótimo sábado a todos e a sorte de possuir de excelentes vizinhos!
Obs: Juro que os meus vizinhos são educados e essa história inventada quase não acontece por aí  .

# O título foi alterado por sugestão de meu amigo L.Vallejo. Anteriormente iniciava assim: "Algumas vezes o ser humano é disfarce, mentira e hipocrisia.

25/11/2015

A beleza da mulher de pedra


Olá visitante, essa semana resolvi arejar a cabeça, olhando algumas obras de arte pela internet. Não é frescura não, isso é melhor do que TV . Aliás a internet se tornou o ambiente mais barato e confortável para se aprender sem sair de casa. Hoje vejo pessoas convidando para boicotarmos determinado canal de televisão e me descubro que já faço isso inconscientemente à todas as emissoras.

Encontrei essa impressionante imagem e descobri que ela foi esculpida por Antônio Corradini (1688-1752). Era um cidadão veneziano que realizou trabalhos em toda a Europa. Morreu pouco tempo depois de completar essa maravilha acima, sua obra mais célebre chamada "Modéstia" (1751). Só estou escrevendo isso porque pesquisei. Eu nunca ouvi falar desse artista. Se bem que não sirvo de referência, pois sou apenas um sujeito banal e curioso em busca de conhecimento. 

Eu confesso que não entendi o nome da obra, mas esse detalhe é irrelevante, pois a obra é digna de admiração. Eu não conseguiria esculpir nem um boneco em argila mole, quanto mais trabalhar numa pedra rígida com uma talhadeira e martelo...

A minha primeira impressão foi de espanto e logo depois me perguntei:

- Como pode alguém ter habilidade para fazer isso? - Não tenho explicação!

Observe a leveza e delicadeza do tecido colado ao corpo dando a impressão que se move e se isso fosse pouco: sexy! Como pode uma pedra de mármore dura e inflexível se transformar nessa beleza para os olhos e orgulho para a raça humana?


Simplesmente um espetáculo! 



Elaborado por Alex Gil Rodrigues, impressionado com o talento desse escultor em 26/11/2015. Perda de tempo? Bem melhor do que televisão né! 
Hora de dormir. Já é quase 1 h e daqui a pouco tenho que esculpir a minha "pedra"!


23/11/2015

Criação de Adão


Caro leitor, gostaria que você observasse atentamente a imagem acima.

O que você pensa quando vê essa imagem e qual foi a primeira vez que viu essa pintura?

Bem amigo (a), estou fazendo essas perguntinhas mas na verdade não estou interessado nas suas respostas. Na boa!

Estou apenas provocando sua curiosidade sobre essa obra. Eu tenho certeza que você possui tal imagem gravada em seu cérebro.

Provavelmente você nem saiba quem a pintou, em que ano ou onde está exposta. Sem problemas.

Talvez depois dessa publicação no Blog Banal até desperte alguma curiosidade em saber algo mais.

Agora eu te pergunto também: Porque antes dessa pergunta você não teve nenhuma curiosidade de querer saber do que se trata essa imagem?

Talvez não tenha sido estimulado, ou faltou curiosidade. Tenho certeza que não foi por falta de oportunidade, porque a internet é repleta de conhecimento disponível na ponta dos dedos e no conforto de sua casa.

Bem, chega de conversa e vamos conhecer algumas informações básicas dessa imagem.

Essa famosa pintura é de Michelangelo Buonarotti (1475-1564) e encontra-se no teto da Capela Sistina que fica na cidade-estado do Vaticano e mede 2,80 m x 5,70 m.

A arquitetura dessa capela também foi baseada no Tempo de Salomão, assim como aquela réplica que o Edir Macedo, construiu no Brás em São Paulo.

A Capela Sistina é o local atual onde se escolhe o Papa. O nome Sistina foi dado em homenagem a um Papa chamado Sisto IV, que restaurou a antiga capela lá por volta de 1477 a 1480.

O teto possui muitos afrescos de variados temas baseados nas histórias da Bíblia e doutrina católica. Eu não sabia o que significava o termo "afresco" porque não sou do ramo e para facilitar a compreensão também pesquisei que se trata de um método de pintura aplicada sobre um revestimento (parede ou teto) de gesso ainda fresco.

Essa pintura chamada "Criação de Adão" é a mais famosa do teto, sendo um ícone igualado somente pela Mona Lisa de Leonardo da Vinci. Por ano, 5 milhões de pessoas visitam a capela Sistina! Só para relembrar uma publicação que escrevi sobre o título: "Basílica de Aparecida x Templo de Salomão x Pirâmides do Egito" e compararmos:

"Nem todos sabem, mas Aparecida em São Paulo, é a cidade brasileira que mais recebe visitantes, mais até que o Rio de Janeiro. A 160Km da capital paulista, a cidade do interior recebeu 12 milhões de visitantes em 2013, contra 5,6 milhões da Cidade Maravilhosa".

O teto da Capela Sistina mede 40,93 m x 13.41 m e possui 20,70 m de altura.

Há informações de que Michelangelo nem queria fazer esse serviço porque sua especialidade era escultura e também porque ele não se dava bem com o papa Júlio II que o contratou.

Agora, caro leitor, imagine em que condições de trabalho essa pintura foi feita. Sem técnico de segurança, fita zebrada, permissão de trabalho assinado por um monte de gente, óculos de segurança, capacete...

Certamente andaimes foram montados para se alcançar o teto e permitir Michelangelo dar as suas precisas pinceladas e deve ter sido barra pesada pintar naquelas condições!

Imagine Michelangelo em cima de andaimes à quase 20 metros de altura, equivalente a altura de um prédio de 6 andares, com a tela sobre a cabeça, que só provavelmente permite duas alternativas: ficar com um torcicolo ou trabalhar deitado com risco de cair tinta no olho!

Eu já pintei o teto de minha casa e sei o que é sentir a tinta viajar em direção ao olho e queimar!!! Então, foi nessas condições, como um empregado chinês, que esse gênio produziu sua obra prima para a humanidade.

Bem gente, fico por aqui.

Esse tema é muito abrangente e pretendo escrever mais sobre ele oportunamente.

Por hoje é só! Preciso dormir!

Abraços

Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 23/11/2015


20/11/2015

Sobre a indiferença dos próximos



    "Muitas vezes aquilo que julgamos muito importante para nós não tem significado nenhum para outros".

    Inicio a publicação de hoje com essa frase de um colega da década de 90, no dia de sua formatura de Engenharia Mecânica, no pátio da Universidade Severino Sombra, em Vassouras-RJ.

    Sua fisionomia notadamente desapontada contrastava com a alegria que normalmente se esperava das pessoas naquela data marcante.

    Ele falou isso depois que percebeu a ausência de todos os seus convidados para aquela noite de homenagem e festas.

    Pois é meu amigo! A vida é assim mesmo. Muitas vezes as nossas alegrias são apenas nossas e isso merece uma reflexão.

    A sociedade pode até fazer você acreditar que "todos" ficam felizes com as suas conquistas e que até torcem para você, mas não se iluda...

    Numa conversa recente com meu amigo virtual Flávio da Luz, comentávamos sobre a indiferença de gente próxima e ele lembrou uma palestra do Leandro Karnal sobre o tema, que acredito também ser a essência da ausência das pessoas na formatura do meu amigo ou em qualquer situação da vida.

                                                                                                                                            "
    Ahhhh meu nobre irmão!!!
    Bem-vindo ao mundo da avareza e da inveja.
    O orgulho também não permite que aqueles que mais próximos de nós estão, manifestem sua admiração.
    É como Karnal fala. Se está perto de mim, eu invejo com muita força, pois me parece fácil alcançar e ter, já o que está longe, recai sobre a graça da percepção de que não é possível atingir, logo, venero, idolatro e não açoito".
    Flávio da Luz

    E assim termino mais uma publicação banal, mostrando o azul como azul e o verde como verde, simplesmente do jeito que eles são. Ficou mais feio? Tudo bem. A culpa não é do espelho se a cara é torta.


    Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 20/11/2015


16/11/2015

Direito de resposta


Olá você que chegou aqui casualmente e me lê neste momento, estou de volta nesse espaço virtual escrevendo minhas bobagens para não perder o hábito. Para quem não me conhece já adianto que não sou escritor, não tenho formação em letras, erro muito, mas mesmo reconhecendo essas lacunas acadêmicas insisto escrevendo e divulgando o que penso. Por quê? Porque me dá prazer. 

Hoje cheguei até o meu notebook animado para escrever sobre mais um tema banal mas mudei de ideia assim que abri minha caixa de e-mail. 

Como sou educado não posso deixar sem resposta o agressivo remetente do referido e-mail. O tema proposto inicialmente nessa publicação fica para outra oportunidade.

Vou direto ao assunto. Recentemente escrevi um texto com o título "Escravo que orava ganhava a liberdade"? Eu não imaginava que esse texto boboca escrito quase dormindo, num final de noite, pudesse causar tanta indignação! Para resumir a história, uma pessoa me escreveu com ofensas, dizendo que mexi com suas crenças e até me desejou o inferno. Gostaria de te dizer que não tenho culpa se apoias em muletas psicológicas frágeis que não suportam uma simples literatura escrito por um sujeito banal como eu. Sinal de que suas "certezas" não estão bem alicerçadas. São frágeis! 


Ô colega ofendido, antes que eu me esqueça, queria aproveitar esse espaço e dizer à você o mesmo que o Ricardo Boechat falou para o Silas Malafaia:

 - Vá procurar uma rola e não me encha o saco!


Eu sei que escrevo algumas coisas que dependendo do ponto de vista, podem ser classificadas como idiotas, mas estou no meu direito. Se você não concorda, também está no seu direito. Agora se partir para ofensa, receberá o seu troco porque não sei virar o rosto para levar o segundo tapa. Combinados?


Para quem não conhece a história da rola, segue o vídeo. Desculpe-me aos mais sensíveis.

  

Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 16/11/2015

15/11/2015

Escravo que orava ganhava a liberdade?


Imagine-se, nobre leitor, se você tivesse nascido na época da escravidão e fosse propriedade de um dono por toda a sua vida, desde criança até a sua morte.

Perceba que esse exercício que estou propondo é uma situação perfeitamente plausível, vez que tal situação foi uma condição de vida de muita gente desde as primeiras civilizações.

Como sabemos, a escravidão foi praticada através da força por outro ser humano, que o considerava seu dono. Você seria uma mercadoria com direito a pouca comida, água e um canto para dormir. Isso era o mínimo fornecido para você continuar vivo e trabalhando.

Estou escrevendo essa breve introdução com objetivo de convidá-lo para um exercício mental.

Suponha que você seja um escravo, com seus 18 anos de idade e louco por liberdade. Suas chances de conseguir sua tão sonhada liberdade eram bem reduzidas, porque da mesma forma que você possui esse desejo de libertar-se, aquele que te comprou também se cerca de todas as estratégias para mantê-lo aprisionado.

Seu avô, sua mãe e sua irmã são todos escravos dizem a você para não se aborrecer e agradecer ao papai do céu, pela sua vida, pelo trabalho, pela água e pelo ar que respira, porque depois que você morrer, será livre e viverá eternamente nas mansões celestiais!

Algo em seu íntimo implora por viver aqui e agora. Seu sonho é cuidar da própria vida nesta vida, sem ser dono de ninguém. Mas sua família, tenta te convencer que o melhor vem depois que você morrer e que sua vida atual não é importante.

E você fica observando a boa vida que seu dono...

Seu dono possui muita fé em Deus. Toda a sua família se reúne aos domingos numa capela também construída com mão de obra escrava. Muitos açoites foram dados desde a fundação até o sino. Seu avô apanhou muito nessa construção pois trabalhava doente e muito desanimado. Um padre é convidado aos domingos para celebrar a missa. Todos se se reune para agradecer à Deus pela vida, alimento, filhos e escravos.

Seu avô também foi escravo por toda a vida e desde criança aprendeu com o seu bisavô que um homem sem fé não é nada e que você deveria ter fé para conseguir seus objetivos.

E assim viveu seu bisavô, avô, mãe e irmã por todos os dias, até envelhecer.

Antes de dormir, a luz de lamparina iluminava o pequeno espaço em que adormeciam e você percebia sua mãe com os olhos fechados, agradecendo a Deus pelo barraco que seu dono emprestava, pela sobra de alimentos que os alimentavam e pela água que matava a sua sede.

E assim dormiam todos os dias enquanto a velhice, a doença e a morte não chegavam.

Essa foi a rotina dos escravos por muitos séculos esperando uma resposta do silencioso céu, trabalhando, apanhando e cansando até a morte chegar.

Morrer parecia ser um bom negócio! 

Bem pessoal, vou encerrando por aqui para a história não ficar muito longa.
A inspiração dessa história banal apareceu depois que li a frase abaixo de um ex-escravo chamado Frederick Douglass, nascido nos EUA em 1818 e falecido em 1895 e veja que elegância de frase:

"Eu rezei por vinte anos e não obtive resposta, até que resolvi rezar com as minhas pernas".
Frederick Douglass, escravo fugitivo.



Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 15/11/2015. Logo acima, foto real, de Frederick Douglass (abolicionista, estadista e escritor).