25/09/2015

Dica de livro: 1984 de George Orwell


Pessoal, chegou a sexta-feira e hoje vou colocar no Blog Banal uma dica de livro. Mas por que eu daria essa dica se ninguém pediu? Ou melhor, por que eu vou publicar uma dica de livro, sendo que a maioria não possui interesse por isso? Acho que sei a resposta: vaidade.

Todo mundo possui a sua vaidade, mesmo que não admita. É claro que existem diversos tipos e graus. Se a pessoa acha que não tem vaidade é porque não se conhece direito. Vaidade é uma coisa que incomoda só nos outros, não é mesmo? A nossa, a gente aceita com naturalidade e bom grado. É igual filho mal educado. Dos outros é insuportável, mas o nosso...

Voltando ao assunto, até que esse caso é uma vaidade, digamos, inofensiva, pelo menos eu penso assim! 

Outro dia escreverei apenas sobre o tema vaidade. Aliás, o melhor texto que que já li até hoje sobre vaidade encontra-se em Eclesiastes. Leia qualquer dia. É uma literatura interessante. Hoje quero apenas registrar uma dica, ou melhor, revelar a minha vaidade. Acho que é isso o que estou fazendo, além de ser sincero.

Confesso sem constrangimento nenhum que tenho vaidade e orgulho pelos livros. São meus amigos mais educados que eu conheço: Silenciosos, disponíveis, me acompanha quando eu desejar, não enche o saco, me ensina, me liberta e me consola.

Esse exemplar eu comprei em Volta Redonda-RJ há muito tempo, quando ainda morava em Barra Mansa-RJ, cidade vizinha distante 11,8 km. Trata-se de uma edição especial comemorativa.

Lembro até da livraria situada na Vila Santa Cecília, ao lado do Teatro Gacemss, no andar subterrâneo e me lembro também de um detalhe bem banal. Quando eu estava folheando o livro, havia um senhor bem velho, encostado próximo ao balcão, que após esticar os olhos sobre a capa, fez o seguinte comentário:

- Você não acha que está muito novo para ler esse tipo de leitura?

Apenas o olhei e não sabia o que responder! Até porque não entendi porque ele me perguntou aquilo. Talvez quisesse conversar sobre o livro e eu não percebi essa intenção... Acho que deveria ter falado alguma coisa, mas apenas sorri. Detalhe, eu nem era tão novo quanto ele supôs!

Bem, nunca saberei, mas isso não é importante agora. Relatei apenas porque jamais esqueci essa passagem.

Este livro é o romance mais famoso de George Orwel. Na realidade o nome verdadeiro dele era Eric Arthur Blair. Foi escrito em 1948, 2 anos antes de sua morte. 

Resumindo, este romance visionário apresenta uma metáfora do mundo em que estamos vivendo, com invasão de privacidade, avanços tecnológicos que propiciam o controle total dos indivíduos, destruição ou manipulação da história dos povos e guerras para assegurar a paz já fazem parte da realidade. 
Guerra é Paz, Liberdade é Escravidão, Ignorância é Força. O termo Big Brother foi criado neste livro. Tudo é controlado. Tudo é vigiado. Alguma relação com nossa geração?

Olha só que frase extraordinária encontrei em suas páginas, aliás existem muitas frases que deixam a gente pensando, mesmo depois que o fecha.

"Se você quer uma imagem do futuro, imagine uma bota prensando um rosto humano para sempre".

Fico por aqui nessa noite com chuva, fresca e agradável, depois de uma semana com calor de 36º C!


Publicado por Alex Gil Rodrigues em 25/09/2015




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