28/09/2015

Celular: Amigo, vilão ou ladrão?



Caro visitante, estamos nos despedindo do mês de setembro, com direito ao eclipse da superlua e a confirmação de água salgada em Marte.

Enquanto isso, aproveito para escrever mais algumas banalidades por aqui, antes de experimentar o doce sono da noite (Nossa que poético, vai dormir que é melhor). 

Falando sério, recentemente encontrei essa fotografia na rede social, publicada pelo meu amigo de trabalho Gerson Zanchetta e tomei a liberdade de copiá-la, afinal a imagem é pública e vou aproveitar e falar alguma coisa por aqui no diário banal.

Olhe bem atentamente e responda para si mesmo: Que mensagem essa fotografia lhe transmite? Volte lá para reparar, antes de prosseguir com esse texto banal.

Fique tranquilo que isso não é nenhuma "pegadinha". Você aqui só perde seu tempo, nada mais!

Como curiosidade, imprimi essa foto e perguntei duas pessoas próximas o que interpretavam dessa imagem. As respostas foram muito parecidas.

...............

Já que estamos no tema celular, aproveito para dizer que não tenho nada contra, pelo contrário, sou bem resolvido com essa tecnologia e não saio sem ele no meu bolso. 

Provavelmente, alguém que não curta um celular, pode até pensar o seguinte:

- Vivi tantos anos sem esse aparelho e nunca precisei, porque hoje ele é indispensável?

Ou então:

- Nossas avós e mães nos criaram e nunca precisaram desse aparelho, porque eu preciso disso?

Gente, eu sei que existe gente que perde o controle e não realiza uma boa gestão sobre o seu tempo, mas a "culpa" não é do celular! A responsabilidade é do indivíduo quem faz mau uso desse útil aparelho. 

A culpa não é do espelho se a cara é torta!

Quando estou com esse aparelho no bolso, não estou transportando apenas um telefone, mas sim uma "central de facilidades" para a minha vida. Antigamente o celular era apenas um telefone e eu sou dessa época! Mas hoje virou um "canivete suíço", onde posso falar com minha família, ligar para o seguro do carro em caso de emergência, pedir ajuda rápida à sempre indisponível polícia, bombeiro, médico, escrever um recado para alguém distante, consultar as horas, utilizar como calculadora, GPS, despertador, agenda, lanterna, alarme de segurança de minha casa, fotografar, registrar caminhadas ou pedaladas, ouvir músicas, assistir vídeos, servir de companhia quando o ambiente não tem nada de interessante, filmar momentos, consultar endereço, internet, etc... Ufa! A lista é extensa.

É verdade também que muita gente está exagerando no seu uso, preferindo a virtualidade. Até concordo que existem lugares e pessoas tão chatas que o mundo virtual parece ser uma boa fuga para obtermos um pouco de paz. 

Longe de mim querer bancar o tiozão ranzinza sabe-tudo... é patente que existe exagero no uso desse aparelhinho.

Acho também que em certos lugares nem deveria ser permitido o uso do aparelho, como por exemplo, na sala de aula ou trabalho.

O celular costuma ser um ladrão. Rouba-lhe o tempo e reduz o foco.

Se eu fosse um professor ou dono de uma loja, eu não permitiria o seu uso de forma alguma durante a aula ou expediente.

Já aconteceu de eu entrar numa loja cujo vendedor nem percebeu a minha presença e permaneceu se distraindo com alguma bobagem de sua telinha na palma da mão!

Existem também, aqueles que interrompem o seu trabalho de 5 em 5 minutos para ficar consultando qualquer coisa que lhe tire o foco de sua principal atividade. Para mim, isso é abuso de liberdade.

Voltando à imagem da simpática vovó com carinha contente, contemplando algo que não conseguimos imaginar, agora gostaria que você fizesse outro exercício.

Porque ela não está utilizando o celular como as outras pessoas? Pense em várias hipóteses possíveis.

Você pode até achar que é um exercício bobo. Pode até ser, dependendo do ponto de vista. 

Eu não acho, pois sempre gostei de provocar minha imaginação levantando diversas hipóteses para uma determinada situação. É uma mania que tenho, confesso. Talvez seja influência das leituras de livros que possuo, sobre o tema método científico. Gosto disso também!

Pode parecer perda de tempo fazer esse exercício, mas tenho essa mania. Acho que com isso, exercito o cérebro, amplio as interpretações e abro a mente sobre o mundo. Tenho medo de me tornar aquele sujeito dogmático, fechado, com poucas opções, monossilábico, reducionista... Opa! Estou fugindo do tema! 

No final do texto revelo a frase que estava junto da mensagem quando a capturei na rede social. Reconheço que essa frase (no final, bem entendidos!) representa o que a maioria pensa ao interpretar a imagem, mas por enquanto vamos às outras hipóteses que consegui imaginar:

1 – A vovozinha não possui um celular e por isso acompanha o evento diferente dos outros.

2 – Ela não tem vontade de ter um celular porque em sua época não existia e portanto, não foi estimulada ou influenciada pelo meio de sua geração.

3 – Ela não tem condições financeiras de comprar um celular no momento.

4 – Ela já tentou aprender manusear mas não adianta que sabe mexer no celular e nem quer aprender.

5 – Seu celular acabou a bateria.

6 – Ela esqueceu o celular em casa.

7 – Ela preferiu deixa o celular na bolsa e contemplar a imagem a olho nu.

8 - Roubaram o seu celular e ainda não comprou outro.

9 – Ela perdeu o seu celular em algum lugar.

10 – Ela guardou o celular em algum lugar e não se lembra onde.

11 – Ela encomendou um celular pelo site das Americanas mas ainda não chegou.

12 – Seu celular quebrou e precisa enviar para conserto.

13 -Seu celular encontra-se em manutenção.

14 – Ela é de uma geração que não teve celular e nem dava valor para isso.

15 - Ela tem condições financeiras de ter um celular mas julga inútil tê-lo.

16 - O celular dela é do modelo antigo que não possui câmera e por isso não está usando.

17 - Ela está aproveitando cada momento e pensando que esse possa ser a última vez que está naquele lugar, pois sente que o seu fim está próximo.

E agora, para finalizar, a frase que melhor sintetiza a imagem:

"Nessa imagem emblemática é possível identificar facilmente quem é de uma geração que se preocupava mais em viver o momento - algo que esquecemos mais e mais a cada dia".


Escrito por Alex Gil Rodrigues em 29/09/2015 (Texto publicado sem revisão. Já é tarde!)



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