17/01/2015

O que você faria?




Olá pessoal, estou de volta depois de duas semanas ausente do Blog. Só para constar, eu não estava de férias, apenas dei um tempinho para descansar do mundo virtual. Nesse início de ano, apenas minha família esteve férias.

Recomeço colocando uma questão para pensar. 

Certa vez, li num livro de filosofia de Nigel Warburton uma estória muito interessante que nunca mais esqueci.

Recentemente numa conversa no intervalo do almoço entre amigos, relatei essa estória para saber deles que decisão tomariam frente a situação abaixo. 

Um dia você sai para passear e vê um trem desenfreado indo na direção de cinco trabalhadores. O maquinista está inconsciente, provavelmente por ter sofrido um infarto. 

Se nada for feito, todos morrerão. O trem passará por cima deles, pois está indo rápido demais e não haverá tempo de saírem do caminho. No entanto, há uma esperança. Há uma bifurcação nos trilhos pouco antes de onde os cinco homens, e na outra linha há apenas um trabalhador. Você está bem perto da chave que muda de direção a mate apenas uma trabalhador em vez de cinco. Matar esse homem inocente é a coisa certa a fazer? Em termos de quantidade, claramente é: você salva cinco pessoas e mata apenas uma. Isso maximizaria a felicidade. Para a maioria das pessoas, essa é a coisa certa a fazer. Na vida real, seria muito difícil virar a chave e ver uma pessoas morrer como resultado, mas seria ainda pior não fazer nada e ver nada menos que cinco pessoas serem mortas.

Essa é uma versão de um experimento mental originalmente criado pela filósofa britânica Philipa Foot (1920-2010). Ela estava interessada em saber por que salvar cinco pessoas nos trilhos era aceitável e por que, em outros casos, sacrificar uma pessoa para salvar muitas não era aceitável.

Agora imagine uma pessoas saudável entrando na ala de um hospital. Lá dentro há cinco pessoas que precisam desesperadamente de vários órgãos. Se uma delas não receber um transplante de coração, certamente morrerá. A outra precisa de um fígado, outra de um rim e assim por diante. Seria aceitável matar o paciente saudável e fatiar o corpo dele para fornecer os órgãos para os pacientes? Dificilmente. Ninguém acredita que seria aceitável matar a pessoa saudável, tirar o coração, os pulmões, o fígado, os rins e implantá-los nas outras cinco. No entanto, esse é um caso de sacrificar um para salvar cinco.

Qual a diferença desse caso para o exemplo do trem?

Algumas pessoas diriam que você jamais deveria virar a chave nesse exemplo porque seria o mesmo que "brincar de Deus": decidir quem morre e quem deve viver. A maioria das pessoas, no entanto, acha que você deveria sim virar a chave.

Agora vou embarcar nesse raciocínio e incrementar mais uma situação para você pensar no primeira caso dos trilhos do trem. E se aquele único trabalhador fosse o seu filho, você mudaria a chave para matar as outras cinco pessoas ou ficaria de braços cruzados?


Deixo essas questões para você pensar.


Meus amigos me disseram que deixariam para Deus resolver e você também não faria "nada"?



Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 17/01/2015.

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