03/11/2015

A vida é uma nuvem passageira



Navegando pelo YouTube encontrei acidentalmente uma música chamada "Eu sou nuvem passageira" e imediatamente imagens adormecidas foram surgindo sobre a minha infância.

A música, além de vários encantos, possui o poder de nos transportar inconscientemente para outro lugar. Essa por acaso me fez viajar até um parque de diversões de minha infância!!!
Antes que alguém torça o nariz pela música ou letra nada glamourosa, adianto que tive uma infância simples, pacata e sem estímulos para algo diferente... Não tenho vergonha disso e escrevo com a maior naturalidade, mesmo que considerem tal música de mau gosto. Não é da qualidade da música que escrevo... Venho da frugalidade e não preciso esconder isso.

"Que culpa temos nós dessa planta da infância, de sua sedução, de seu viço, de sua constância"?
Jorge de Lima

Bem, o tal parque ficava montado perto de minha casa. O som vinha do alto da roda gigante com suas lâmpadas coloridas cujo vento se encarregava de espalhar por todo o bairro. Era tocada exaustivamente e o meu cérebro infantil, como uma esponja seca, absorvia sem muita dificuldade aquele momento.

Lembro de cada pedacinho daquele parque com passatempos que hoje não mais me atraem. Lembro das espingardas de ar comprimido enfileiradas na barraca, dos bichos de pelúcia que "moravam" nas prateleiras porque ninguém conseguia ganhá-los, das barracas com argolas ligeiramente maiores do que o maço de cigarro no piso, dos carrinhos de batidas movidos à eletricidade, das bolas grandes e coloridas que as crianças adoravam, do barco viking com seu movimento que dava um vazio no peito, do chapéu mexicano que provocava vômito àqueles que se aventuravam após o jantar, da barraca de cachorro quente com pouco molho, do saquinho de pipoca com muitos peruás que quebravam dentes frágeis e claro, a música que reverberava das cornetas da roda gigante.

Foi uma época bem simples e ingênua como toda infância. Conheço muita gente que fala com saudades do passado. Não tenho saudade de tudo, mas o visito com naturalidade. Prefiro o presente, pois tenho mais controle da minha vida, mesmo pagando caro por esse controle limitado.

Bem gente, tenho que interromper essa publicação porque preciso dormir. Iniciei escrevendo sobre a música, fui para o parque e se eu não tiver controle vou escrevendo sem parar feito um trem descarrilado noite a dentro e amanhã tenho que acordar cedo para trabalhar.

E dessa forma, vou registrando minhas memórias nesse Blog.

Obrigado pela visita e desculpe pelos erros de português.


Tchau!



Publicado por Alex Gil Rodrigues em 03/11/2015

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