Missão cumprida. O corpo caminha lentamente pelos corredores, acompanhado por diálogos internos e eterna esperança por dias melhores. Anoiteceu rápido. O crachá na ponta dos dedos na expectativa de liberar a saída provisória como uma chave que abre as algemas. A moto solitária e molhada aguarda no estacionamento feito um cavalo mudo e obediente. Sexta-feira o trânsito é mais intenso. Do lado de fora, rostos estranhos e olhos arregalados atrás dos capacetes, avançam com mais vontade pelo asfalto. Os ponteiros do relógio giram sem parar. O tempo e a necessidade são algemas invisíveis. Sigo entre o asfalto, a cama e a catraca. Anoitece de novo. Sigo novamente entre o asfalto, a catraca e o asfalto... Eterno retorno!
Alex 05/05
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