Navegando pelo YouTube encontrei
acidentalmente uma música chamada "Eu sou nuvem passageira" e
imediatamente imagens adormecidas foram surgindo sobre a minha infância.
A música, além de vários encantos, possui o poder de nos
transportar inconscientemente para outro lugar. Essa por acaso me fez viajar até um parque de diversões de minha infância!!!
Antes que alguém torça o nariz pela música ou letra nada glamourosa, adianto que tive uma infância simples, pacata e sem estímulos para algo diferente... Não tenho vergonha disso e escrevo com a maior naturalidade, mesmo que considerem tal música de mau gosto. Não é da qualidade da música que escrevo... Venho da frugalidade e não preciso esconder isso.
Antes que alguém torça o nariz pela música ou letra nada glamourosa, adianto que tive uma infância simples, pacata e sem estímulos para algo diferente... Não tenho vergonha disso e escrevo com a maior naturalidade, mesmo que considerem tal música de mau gosto. Não é da qualidade da música que escrevo... Venho da frugalidade e não preciso esconder isso.
"Que culpa temos nós dessa
planta da infância, de sua sedução, de seu viço, de sua constância"?
Jorge de Lima
Bem, o tal parque ficava montado perto de minha casa. O som vinha do
alto da roda gigante com suas lâmpadas coloridas cujo vento se encarregava de
espalhar por todo o bairro. Era tocada exaustivamente e o meu cérebro infantil, como uma
esponja seca, absorvia sem muita dificuldade aquele momento.
Lembro de cada pedacinho daquele parque com
passatempos que hoje não mais me atraem. Lembro das espingardas de ar
comprimido enfileiradas na barraca, dos bichos de pelúcia que "moravam" nas prateleiras porque ninguém
conseguia ganhá-los, das barracas com argolas ligeiramente maiores do que o maço de
cigarro no piso, dos carrinhos de batidas movidos à eletricidade, das bolas
grandes e coloridas que as crianças adoravam, do barco viking com seu movimento
que dava um vazio no peito, do chapéu mexicano que provocava vômito àqueles que se aventuravam após o jantar, da barraca
de cachorro quente com pouco molho, do saquinho de pipoca com muitos peruás que
quebravam dentes frágeis e claro, a música que reverberava das cornetas da roda gigante.
Foi uma época bem simples e
ingênua como toda infância. Conheço muita gente que fala com saudades do
passado. Não tenho saudade de tudo, mas o visito com naturalidade. Prefiro o presente, pois tenho mais controle da minha vida, mesmo pagando caro por esse controle limitado.
Bem gente, tenho que interromper essa publicação porque preciso dormir. Iniciei escrevendo sobre a música, fui
para o parque e se eu não tiver controle vou escrevendo sem parar feito um trem descarrilado noite a dentro e amanhã tenho que acordar cedo para trabalhar.
E dessa forma, vou registrando minhas memórias nesse Blog.
Obrigado pela visita e desculpe pelos erros de português.
Tchau!
Publicado por Alex Gil Rodrigues
em 03/11/2015
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