08/05/2020

Página 12 - Meu livro: Memória de Zara Crotone


Acordei com dor de cabeça e meio confuso. Abro os olhos com muito esforço e a primeira coisa que vejo é uma uma forte luz branca e um ventilador ligado no teto. Quando tento levantar o o braço para tocar o meu rosto, percebo que estou amarrado numa cama. Sigo com os olhos uma agulha cravada em minha veia envolta com um esparadrapo e uma mangueirinha.

Do lado direito uma espécie de cortina sanfonada pendurada num suporte impede que eu veja o que existe do outro lado. Fico sem entender o que está ocorrendo. Para a minha sorte, um vento balança levemente a cortina e a desloca o suficiente para eu enxergar por uma pequena fresta que existe uma cama vazia coberta com um lençol sujo de sangue. 

Tento examinar o pouco que me resta do campo visual para entender porque estou nessa cama. Não consigo me lembrar de nada. No meu lado esquerdo ouço uma respiração forte e pausada. Primeira conclusão é que tenho companhia. A cortina permanece imóvel e não consigo identificar o que se passa desse lado. 

Tento levantar a minha a minha cabeça e uma forte tontura seguida de vertigem me derruba e afundo minha nuca no travesseiro. Fecho os olhos e tudo começa escurecer e rodar em alta velocidade.

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