09/11/2019

O jovem e o velho







Na juventude todos os projetos são possíveis.
O céu é o limite e o chão para os fracos!
Na juventude somos arrogantes, prepotentes e idealizadores.
Imaginamos que para se conseguir qualquer coisa, basta querer!
É a fase do "querer é poder"!
Haha!
Acredita-se convictamente nessa frase.
Jovens são convictos!
Nietzsche disse que as convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras!
Eu também já fui um desses! Acreditava que o pensamento movia o mundo e que quanto mais forte o meu "querer", mais rápido alcançaria o que eu desejasse.
Para o jovem tudo é possível: O sucesso, a beleza, o futuro e a riqueza.
Até que um dia... Cronos nos lembra que tudo será reavaliado!
Acontece com todo mundo!
Tudo tem um prazo de validade, até os sonhos!
O jovem pensa que entende de velhice sem ter ficado velho
É como querer falar de filhos sem ter filhos!
Ou como aconselhar casal sem ser casado!
Para o jovem, o mundo se divide em bonito ou feio...uma espécie de maniqueísmo!
A culpa é dos hormônios.
O jovem olha para o velho como um derrotado e sem objetivos.
Não é nada disso, querido jovem!
Um dia você também vai ser velho.
Conforme o tempo avança, aceitamos que nem tudo é possível, aliás quase tudo é impossível.
É a consciência de que somos limitados e finitos.
A luta no futuro será pautada por outras necessidades.
Manter o que se conquistou também consome energia.
O tempo é curto para grandes projetos
Nessa época, é melhor reunir todas as forças, garantir o chão e parar de sonhar com as nuvens.
Eu também já tive projetos não realizados e pior, interrompidos.
Não terminei de escrever o meu livro, não aprendi a nadar e não virei astronauta!
Sobre o livro, na verdade, eu quase terminei, mas inesperadamente parei faltando pouco para acabar!
As vezes me pergunto porque não terminei!
Acho que perdi o interesse.
Ninguém conheceu meu personagem e sua pacata vida.
Ele existe apenas em meu caderno e em minha mente.
Seu nome é Zara Crotone!
Por que Zara?
Ah! Não tem um motivo especial!
Zara foi uma homenagem ao Zaratustra do filósofo do martelo.
Quanto ao sobrenome Crotone, foi uma homenagem à uma cidade da Itália.
Nunca fui à Itália, mas o imaginei vivendo naquela terra de Leonardo da Vinci.
E porque estou falando de Zara?
Não sei! Estava falando sobre projetos interrompidos...
As vezes penso em terminar a sua história que está apenas em minha cabeça!
Mas para quê?
Quase ninguém mais gosta de leitura!
O mundo se tornou rápido demais para se perder tempo com histórias inventadas.
Além disso, histórias devem ser contadas para quem gosta de ouvir.
Hoje existe muita boca para pouco ouvido.
E haja boca suja! Ademais, não quero ser lido depois de morto!
Bem, preciso concluir esse tema... já que está ficando longo demais e também não desejo aborrecer ninguém!
Iniciei escrevendo sobre jovens e acabei falando do velho Zara?
Mas por que o rumo de nossa prosa mudou?
Ah! lembrei-me!
Zara também foi um jovem cheio de sonhos!
Ele queria contar a sua história, mas pensando bem, quem quer saber de Zara?
Bem, fico por aqui, chega de escrever histórias inventadas para ninguém.



Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 09/11/2019


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