Mais um Natal chegando e estou aqui passando pelo Blog Banal para registrar algumas banalidades em meu teclado, enquanto ouço Canon in D de Pachelbel. Linda demais!
Quando eu era criança, o Natal era comemorado com toda família reunida na casa de minha querida avó.
Existe até hoje, uma fotografia emblemática daquele saudoso tempo, onde todos estão reunidos em volta da mesa farta de comida e bebida.
O peru assado ao centro da mesa, a coca-cola na garrafa de um litro e esta fotografia já amarelada, confirma a veracidade dessa história. Provavelmente tal registro foi revelado no Foto Brasil, uma loja tradicional em Barra Mansa, onde tínhamos que subir uma escadaria e deixar o filme para revelar e aguardar ansiosamente por uma semana e retornar à loja e torcer para não ter queimado muitas "poses". A gente chamava a fotografia de "poses" (risos).
Para completar a mesa, latas de doce de pêssego em caldas e creme de leite Nestlé que meu vô adorava. O vinho era comprado em garrafão de 5 litros e ninguém reclamava da qualidade.
O tempo passou e a linha invisível que unia toda a família foi rompida com a morte dos avós, mas as lembranças são perenes.
Ah! o tempo! Este grãozinho invisível de areia que separa e elimina as famílias, as relações, a vontade e por fim, a vida.
Aquela mesa jamais será restabelecida, mas ficou a marca do tempo dentro de cada cabecinha à sua volta.
Daquele tempo, restou apenas a fotografia, as memórias e o meu português ruim!
Atualmente, continuo comemorando o Natal com minha mulher e dois filhos e faço questão de manter a tradição da mesa, pois esses momentos ficam para sempre!
Por motivos profissionais, estarei junto da família materna apenas na comemoração de final-de-ano.
Por motivos profissionais, estarei junto da família materna apenas na comemoração de final-de-ano.
Tenho certeza de que meus filhos também lembrarão desses encontros, mesmo que a famosa linha invisível do tempo e a distância os separe.