Atenção Amil, Unimed e afins, o pessoal do Facebook descobriu que digitar a palavra amém e compartilhar imagem de criança com alguma doença ou necessidade especial, a cura ocorre!
Alô universidades de medicina, fechem as portas amanhã!!!
Desculpem leitores, mas retorno a este tema desagradável porque nem sempre consigo ignorar o que eu vejo.
Compartilhar imagem de criança doente, entubada, mutilada, é falta de respeito com a própria criança, com a família e também com quem visualiza.
Em respeito às famílias dessas crianças expostas nas redes sociais, solicito por favor, não compartilharem esse tipo de mensagem.
Muitas vezes apenas visualizo e ignoro, mas nem sempre consigo segurar e acabo revelando o que penso, agradando ou não. Que chato!
Qual será o objetivo de uma pessoa compartilhar esse tema e pedir compartilhamentos? Pense comigo, isso não soa estranho?
Existe algum interesse oculto nesse altruísmo safado e muita gente curte, ou escreve amém, com as melhores das intenções pensando que está ajudando.
Esse tema indigesto me fez lembrar de um trecho de meu livro inacabado, onde o protagonista se encontra na sala de espera de um hospital observando o ambiente, pensa:
... "melhor seria se essa parede pintada com a imagem dessa santa inócua, fosse totalmente branca ou então, na melhor das hipóteses, ornamentada com um busto de pedra em homenagem a Hipócrates, aquele médico grego, cujas
ideias lançou a base da medicina moderna a dois mil anos. Seu pensamento se
resumia assim: “Cada doença tem sua própria natureza e nenhuma surge sem sua causa
natural”. Com essa ideia simples, a medicina sofreu uma revolução. Antes de
Hipócrates a saúde e a doença estavam nas mãos dos deuses. Mais de vinte
séculos depois muita gente ainda ainda acredita na intervenção dos “deuses
modernos” com nomes de santos protetores. O ser humano é mesmo um animal incorrigível".
Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 12/10/2015
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