Eu amo muito minha filha, porém um dia precisei viajar por um breve período e preocupado com o seu bem estar, deixei tudo preparado e fiz a seguinte recomendação:
- Querida, papai precisa viajar e preocupado com seu bem estar, deixei preparado um cesto de vime contendo várias frutas: laranjas, maças, peras, abacaxis, morangos, bananas e uvas. Todas maduras e saborosas para você se deliciar.
- Obrigado papai! - disse ela.
Porém antes de nos despedirmos, abracei-a com muita ternura e deixei a última recomendação:
- Minha filha, deixo-lhe aquelas frutas para aplacar a sua fome na minha breve ausência. Porém, só lhe peço uma única coisa: NÃO COMA AS UVAS.
- Preste atenção, se você experimentar uma uva sequer, terei que expulsá-la dessa casa! - falei em tom sério.
- Nossa papai, mas porquê esse exagero?
- Nossa papai, mas porquê esse exagero?
- Porque sim! - respondi sem mais explicações e ela ficou em silêncio.
Despedimos após um longo abraço e segui minha viagem.
No caminho, fiquei pensando sobre as coisas que falei à minha filha.
Era um teste de obediência e sua desobediência mudará totalmente sua vida.
Mas mesmo sabendo que ela me desobedecerá, porquê vou fazer isso? - continuei refletindo:
- Eu coloquei as uvas na fruteira e sei que ela fracassará.
- Então porque deixei as uvas sobre a mesa?
- Posso mudar de ideia?
- Claro que posso.
- Posso mudar de ideia?
- Claro que posso.
- Conheço minha filha na palma da minha mão.
- Não tenho dúvidas...ela vai comer a uva. Eu tenho certeza.
- Ela vai me desobedecer e vai receber seu grande castigo por isso..
Finalmente volto de viagem e chego à minha morada. Encontro minha filha escondida em seu quarto, morrendo de medo de mim e já prevendo o que aconteceu, fui direto ao assunto:
- Minha filha, porque me desobedeceu?
- Eu fracassei papai. Comi apenas uma uva. Fiquei curiosa. - respondeu envergonhada.
- Perdoe-me por favor! - emendou constrangida.
- NÃO! Eu falei para você o que te aconteceria se comesse as uvas!
- Desculpe papai. Deixa eu ficar em sua casa. Aqui me sinto segura ao seu lado e tenho medo das ruas escuras.- disse arrependida.
- Não posso! (Não posso? - pensei.). Eu lhe avisei, vou expulsá-la da minha casa para você aprender a ser obediente.
- Mas pai, me dê mais uma chance?
- Não! - já lhe disse.
- Então porque colocou aquelas uvas sobre a mesa? - disse ela.
- Já lhe falei. Para testar a sua obediência.
- Mas se o senhor sabia que eu desobedeceria, porque não me poupou?
- Não quero falar mais disso minha filha...
- FORA DAQUI! Mas não se esqueça, EU TE AMO muito minha querida...
Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 10/08/2014 (dia dos pais) sob protestos de minha família (mulher e filho) que após lerem, solicitaram-me a exclusão do texto por não concordarem. Como gerou uma divergência, vou explicar mais do que o habitual, para que não fique nenhuma dúvida: Tudo que está escrito aqui no Blog Banal é fruto exclusivo de meu pensamento. Sou o único responsável.
Não escrevo pensando em aprovação, unanimidade e nem estou contabilizando "curtidas", embora fique feliz pela sua leitura e atenção...
Entendo a semelhança dessa minha estória com o "pecado original", mas desculpe-me se a leitura os deixam chateados, pois minha intenção não é essa.
Não posso me furtar de exercitar a minha liberdade de expressão. Quem escreve preocupado apenas em agradar é um dissimulado e agindo assim, deixo de ser livre.
Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 09/08/2014
Não escrevo pensando em aprovação, unanimidade e nem estou contabilizando "curtidas", embora fique feliz pela sua leitura e atenção...
Entendo a semelhança dessa minha estória com o "pecado original", mas desculpe-me se a leitura os deixam chateados, pois minha intenção não é essa.
Não posso me furtar de exercitar a minha liberdade de expressão. Quem escreve preocupado apenas em agradar é um dissimulado e agindo assim, deixo de ser livre.
Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 09/08/2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário