19/10/2014

Franz Schubert: Ave Maria


A música que publico abaixo me remete à infância, juventude e alguns pensamentos banais.

Mesmo não sendo praticante de nenhuma religião, consigo admirar e sentir uma obra sem misturar os assuntos. 

É possível admirar uma boa música, arquitetura ou alguma celebração religiosa sem necessariamente compartilhar das ideias daquela denominação. Isso é muito claro para mim, porém percebo que os praticantes mais ferrenhos da fé, muitas vezes são obrigados (manipulados) a ignorar totalmente qualquer menção ou ritual que não seja compartilhado pelo seu grupo. 

Até hoje me emociono com alguns casamentos na igreja. Dependendo da música tocada fico emotivo e feliz. Além disso, existe um conjunto de sensações visuais e auditivas que tornam a cerimônia prazerosa como as lágrimas da noiva, a alegria no olhar de cada convidado, o pai da noiva ou a mãe dos noivos emocionados, a dama de honra carregando as alianças, o sorriso contagiante dos noivos, o sonho realizado, as notas musicais...

Escrevendo sobre isso, lembrei-me que recentemente tive o privilégio de sentir essa emoção no casamento do meu amigo Denis e Cíntia na capela da Usina São João em Araras-SP. Foi muito emocionante. Ganhei a noite e fiquei muito feliz de ter participado daquele momento especial.

Conheço gente que não entra em outra igreja em hipótese nenhuma, nem como convidado para uma simples cerimônia de casamento, para não ter contato com os "impuros" ou sei lá o quê!  Comportam-se como se cada religião tivesse o seu Deus particular.

É uma forma de politeísmo moderno. Escrevo isso com conhecimento de causa porque já fui testemunha desse fato em diversas ocasiões. 

Infelizmente isso me leva a concluir que ter a mente livre e capacidade de discernir é uma alternativa para poucos!

Como eu estava dizendo lá no início desta publicação, a música do vídeo abaixo era anunciada por uma rádio de minha cidade natal, todos os dias às 18:00 h. A programação era interrompida e o locutor chamava a Hora do Angelus.

O autor dessa obra-prima se chamava Franz Schubert. Compôs seiscentas canções e não teve reconhecimento público. Se em seu tempo existisse "feicibuque" teria menos "curtidas" do que o "famoso" Tiririca ou o polvo "Paul" da copa. 
Morreu com apenas 31 anos em 1828.

Hoje dá até vergonha de comparar essa preciosidade com as "celebridades" contemporâneas cultuadas pela televisão, revistas e pelo povo em geral. 

Mas pensando bem, o povo merece aquilo que cultua!





Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 19/10/2014.

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