22/07/2017

Na floresta não existe censor





Na floresta não existe nem rebanho, nem pastor. Quando o inverno caminha, segue seu distinto curso como faz a primavera. Na floresta não existe ignorante ou sábio. Quando os ramos se agitam, a ninguém reverenciam. 

O saber humano é ilusório como a cerração dos campos que se esvai quando o sol se levanta no horizonte.
Na floresta não há crítico nem censor.

Gibran, Khalil


Nota do autor do Blog Banal: Os rebanhos se organizam em qualquer lugar.


21/07/2017

Quem é Deus segundo Ludwig Feuerbach



Recentemente conheci um autor chamado Ludwig Feuerbach, nascido em 1804 e falecido em 1872 com umas ideias bem interessantes. 

A sua obra defende, entre outras coisas, que Deus é uma criação humana e que foi o ser humano que criou Deus, ou seja que Deus foi criado pelo homem à imagem e semelhança da própria personalidade humana! 

Interessante esse ponto de vista. Acho que poucos pensaram dessa forma. Segundo ele, a criação de Deus foi bem simples. O homem pegou a sua própria personalidade, retirou todos os vícios, deixou apenas as virtudes e idealizou essa mesma personalidade humana destituída de defeitos e dotada apenas de virtudes como pertencendo a um ser eterno divino chamado Deus. 

Para criar o Diabo, o ser humano pegou exatamente aquelas características negativas de sua própria personalidade, removeu todas as características positivas e considerou apenas os defeitos de sua própria personalidade! 

Assim sendo, o Diabo seria a representação, digamos assim, substantivada dos próprios defeitos da personalidade humana e quanto que Deus seria a substantivação de todas as características positivas da própria personalidade humana!


02/07/2017

Schopenhauer sendo Schopenhauer



É realmente inacreditável como a vida da maioria dos homens flui de maneira insignificante e fútil, quando vista externamente, e quão apática e sem sentido pode parecer interiormente. As quatro idades da vida que levam à morte são feitas de ânsia e martírio extenuados, além de uma vertigem ilusória, acompanhada por uma série de pensamentos triviais. Assemelham-se ao mecanismo de um relógio, que é colocado em movimento e gira, sem saber por quê. E toda a vez que um homem é gerado e nasce, dá-se novamente corda ao relógio da vida humana, para então repetir a mesma cantilena pela enésima vez, frase por frase, compasso por compasso, com variações insignificantes.


Arthur Schopenhauer