17/07/2016

Silêncio forçado


É hora de silenciar-se para sobreviver.
Quando a hesitação predomina, oportunistas sentem o cheiro da presa e assumem o controle como raposas sedentas pelo poder.

05/07/2016

A lenda de Lady Godiva



"Mulheres que buscam ser iguais ao homem têm falta de ambição" (Timothy Leary)


Quando eu tinha 21 anos em 1987, havia uma música chamada Kátia Flávia muito tocada no rádio chamada "A Godiva de Irajá" do cantor Fausto Fawcett e eu nunca tive a curiosidade de saber quem era "Godiva". Em tempo, a música, bem bobinha por sinal, contava a história de uma moça chamada Kátia Flávia, a "Godiva do Irajá" que roubou o carro da polícia civil numa linguagem cheia de gírias, cuja história se passa em Irajá, um bairro do Rio de Janeiro...

Somente agora descobri que Godiva é personagem de uma lenda praticamente desconhecida e que não vai te acrescentar nada, mas mesmo assim gostaria de deixar registrado a lenda estória de Lady Godiva. Lembre-se que isso é lenda! Chamo a atenção para este ponto porque hoje é muito comum as pessoas considerarem lenda como realidade!

Conta a lenda que havia um vila chamada Coventry. Um homem chamado Leofric era um importante funcionário do governo cuja atribuição era determinar a maneira como os impostos eram cobrados dos moradores do local. 

Godiva era a dedicada esposa de Leofric. Ela era também, uma experiente amazona. Tinha também, apurado gosto por festas, artes e conhecimento. 

Nos seus passeios equestres foi conhecendo melhor a vida dos camponeses e teve pena da sua existência miserável. 

E foi desta forma que percebeu que a maior parte da vida destas pessoas era dedicada ao esforço para conseguirem o seu sustento, algo para vestir e formas de se protegerem sob um teto. Antes de perceber essa dura realidade, Godiva tentou levar às massas o gosto pela beleza e pela arte, sem muito sucesso, através da abadia que fundara com o marido. 

Como se não bastasse todos os problemas dos camponeses, os impostos cobrados por Leofric eram absurdamente altos. Eram colocados sobre tudo o que ele pensasse, chegando ao ponto de existir mesmo um imposto sobre o estrume vendido e usado nos campos. 

Godiva decidiu então que os impostos teriam de baixar para melhorar a vida dos camponeses e para lhes proporcionar o acesso às artes. Mas a conversa que teve com o marido acerca do assunto não correu muito bem e ele não aceitou a idéia. E ainda, para castigar a mulher, decretou um imposto sobre todas as obras de arte, a maior parte pertencente a Godiva. 

Godiva, no entanto, continuou a insistir veementemente para que o marido abaixasse os impostos. Leofric, já sem paciência, sugeriu a mulher um acordo, imaginando que ela jamais aceitaria. Disse-lhe que se cavalgasse inteiramente nua por toda a vila, então ele não apenas atenderia ao seu pedido, como retiraria todos os impostos já existentes. 

Para a surpresa de Leofric sua esposa aceitou o desafio. Foi marcada uma data para o evento. 

O dia chegou e Godiva cumpriu sua promessa. Enquanto cavalgava inteiramente nua pelas ruas de Coventry, toda a população permaneceu trancada em casa, com portas e janelas fechadas, em respeito à Godiva. 

Apenas um homem se atreveu a observar Godiva. Diz a lenda que ele teria ficado cego no mesmo instante. 

E assim os impostos foram retirados! Leofric cumpriu sua palavra, reconhecendo a coragem e os esforços de sua esposa Lady Godiva. 

Nota do autor: Nem sei porque desejei publicar essa lenda! Caro leitor, isso não vai te tornar melhor mas vai aumentar a sua cultura! kkk...já que está fica! 


04/07/2016

Você é justo?



Adoro essa frase atribuída à Sêneca e faço a seguinte pergunta?

Você já julgou alguém sem ouvir os dois lados ou foi julgado sem ser ouvido?

Somos julgados o tempo todo... O chato é quando não temos oportunidade de nos defender e pior ainda é se você está numa situação onde o seu futuro é decidido entre paredes e a sua voz ignorada. Neste caso, fica apenas a versão daquele que possui a possibilidade de falar e julgar!

Este, infelizmente, é um risco que todos correm. Não ter a oportunidade de demonstrar a sua versão é injusto! Espero sempre ter a oportunidade de falar a minha versão.


03/07/2016

A lenda do café


Ano passado, participei da fase final de um projeto de café denominado Kaldi. A história desse nome é bem interessante e por isso, compartilho aqui no Diário Banal.

Não há evidência real sobre a descoberta do café, mas há muitas lendas que relatam sua possível origem.

Uma das mais aceitas e divulgadas é a do pastor Kaldi, que viveu na Absínia, hoje Etiópia, há cerca de mil anos. Ela conta que Kaldi, observando suas cabras, notou que elas ficavam alegres e saltitantes e que esta energia extra se evidenciava sempre que mastigavam os frutos de coloração amarelo-avermelhada dos arbustos existentes em alguns campos de pastoreio.

O pastor notou que as frutas eram fonte de alegria e motivação, e somente com a ajuda delas o rebanho conseguia caminhar por vários quilômetros por subidas infindáveis.

Kaldi comentou sobre o comportamento dos animais a um monge da região, que decidiu experimentar o poder dos frutos. O monge apanhou um pouco das frutas e levou consigo até o monastério. Ele começou a utilizar os frutos na forma de infusão, percebendo que a bebida o ajudava a resistir ao sono enquanto orava ou em suas longas horas de leitura do breviário. Esta descoberta se espalhou rapidamente entre os monastérios, criando uma demanda pela bebida. As evidências mostram que o café foi cultivado pela primeira vez em monastérios islâmicos no Yemen.

A planta de café é originária da Etiópia, centro da África, onde ainda hoje faz parte da vegetação natural. Foi a Arábia a responsável pela propagação da cultura do café. O nome café não é originário da Kaffa, local de origem da planta, e sim da palavra árabe qahwa, que significa vinho. Por esse motivo, o café era conhecido como "vinho da Arábia" quando chegou à Europa no século XIV. 

Os manuscritos mais antigos mencionando a cultura do café datam de 575 no Yêmen, onde, consumido como fruto in natura, passa a ser cultivado. Somente no século XVI, na Pérsia, os primeiros grãos de café foram torrados para se transformar na bebida que hoje conhecemos. 

O café tornou-se de grande importância para os Árabes, que tinham completo controle sobre o cultivo e preparação da bebida. Na época, o café era um produto guardado a sete chaves pelos árabes. Era proibido que estrangeiros se aproximassem das plantações, e os árabes protegiam as mudas com a própria vida. A semente de café fora do pergaminho não brota, portanto, somente nessas condições as sementes podiam deixar o país.

A partir de 1615 o café começou a ser saboreado no Continente Europeu, trazido por viajantes em suas frequentes viagens ao oriente. Até o século XVII, somente os árabes produziam café. Alemães, franceses e italianos procuravam desesperadamente uma maneira de desenvolver o plantio em suas colônias. 

Mas foram os holandeses que conseguiram as primeiras mudas e as cultivaram nas estufas do jardim botânico de Amsterdã, fato que tornou a bebida uma das mais consumidas no velho continente, passando a fazer parte definitiva dos hábitos dos europeus. 

A partir destas plantas, os holandeses iniciaram em 1699, plantios experimentais em Java. Essa experiência de sucesso trouxe lucro, encorajando outros países a tentar o mesmo. A Europa maravilhava-se com o cafeeiro como planta decorativa, enquanto os holandeses ampliavam o cultivo para Sumatra, e os franceses, presenteados com um pé de café pelo burgomestre de Amsterdã, iniciavam testes nas ilhas de Sandwich e Bourbon. 

Com as experiências holandesa e francesa, o cultivo de café foi levado para outras colônias européias. O crescente mercado consumidor europeu propiciou a expansão do plantio de café em países africanos e a sua chegada ao Novo Mundo. Pelas mãos dos colonizadores europeus, o café chegou ao Suriname, São Domingos, Cuba, Porto Rico e Guianas. Foi por meio das Guianas que chegou ao norte do Brasil. Desta maneira, o segredo dos árabes se espalhou por todos os cantos do mundo. 




02/07/2016

O ronco idiota da moto!


Acho que todos temos pequenas implicâncias no dia-dia e inclusive já confessei algumas aqui no Diário Banal.

A implicância de hoje é com aquele motoqueiro que surge do nada e acelera sua moto possante com exagero e sem necessidade, mesmo em locais de trânsito lento. Note que não são aquelas aceleradas suaves para manter a moto ligada, até porque motos com a manutenção em dia não necessitam dessa ação. São agressões à paz interior e do ambiente. Já que existe lei para tudo nesse país, acho que deveria existir também com esse comportamento.

Eu sempre me assusto com esses roncos deliberados provocados por esses pavões do asfalto carentes por atenção e narcisismo exacerbado.

Já ouvi de um amigo motociclista que o ronco alto do motor dá muito prazer ao seu dono! 

Ah! então é isso? Porque não vão para a pista terem o seu prazer longe das pessoas. Minhas desculpas aos amigos motoqueiros mas agindo assim, parecem idiotas sem educação que não se importam com os outros e querem chamar a atenção a qualquer custo enquanto passam. Acho que esse tipo de gente sente muita necessidade de demonstrar o seu "rabo de pavão" colorido aos outros!