30/10/2014

Tristeza profunda



Quando a tristeza profunda toma conta da vida da gente, enxergamos a vida em preto-e-branco e perdemos um pouco do brilho e da graça. 

Palavras machucam muito mais do que bolhas nas mãos e abrem fendas na alma como flechas cortantes que acertam o alvo da nossa fragilidade. 

A dor é grande, o sorriso desaparece e as lágrimas brotam no momento errado para te envergonhar ainda mais. 

Quando a carga emocional é forte, você desaba e expõe suas fraquezas. 

Inevitável resistir, ainda somos humanos.

Enquanto isso, nos comportamos como um pássaro que olha a vida pela janela, acostumado com o alpiste e a água, pulando entre os poleiros diminutos até não sentir mais vontade de voar e sentir-se grato pela ração diária.



Texto elaborado pelo autor do Blog Banal (Alex) em 30/10/2014 num momento raro e passageiro, se sentindo banal, pequeno e triste. 
Às vezes o esforço de uma vida é avaliado pelo cansaço de um dia. 
Às vezes os inúmeros acertos, vitórias vencidas e lutas valem menos do que um erro qualquer, fazendo-nos sentir descartáveis e fracos.
Às vezes não podemos desistir...

29/10/2014

O que faz o universo existir?


Vejam isso! Até Stephen Hawking entrou no Facebook!




Em seu primeiro post, Stephen escreveu a seguinte pergunta: "O que faz o universo existir"?

Instigante não? Por coincidência encontrei uma pergunta muito parecida na capa do livro de Jim Holt: "Por que o mundo existe"?

Domingo passado fui ao hipermercado Tiradentes daqui de Araras, para comprar um frango assado e como de costume passei na livraria para dar uma olhadinha básica na minha paixão: os livros.

O livro de Jim Holt estava encaixado na prateleira e me chamou a atenção. Abri uma página qualquer e encontrei a seguinte frase: "Por que existe algo e não apenas o nada"?

Parece uma pergunta boba à primeira vista, mas para quem curte questões filosóficas sobre a origem do cosmo e sobre nós mesmos logo se interessa sobre o tema.

Resumindo o assunto, comprei o livro e o carreguei para casa junto do frango nosso de cada domingo.


Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/10/stephen-hawking-entra-no-facebook-ja-tem-quase-2-milhoes-de-seguidores.html


Publicado por Alex Gil Rodrigues em 28/10/2014

26/10/2014

A ciência salva da ignorância

O vídeo abaixo serve para divertir e principalmente relembrar a vantagem do conhecimento científico para interpretar o mundo.

Antigamente, quando a ciência ainda engatinhava, a interpretação do "fenômeno" abaixo seria dado de acordo com a intuição ou intenção do observador. 

Tenho certeza que hoje ainda, muita gente depois de assistir esse vídeo, logo imaginará alguma explicação simplória, fantástica ou sobrenatural.

Por isso meu apreço ao saudoso Carl Sagan onde, em seu fantástico livro: O Mundo Assombrado pelos Demônios, lançado em 1997, apresentava o método científico aos leigos e encorajava a pensar de forma crítica e cética.

Outro dia falo mais sobre Carl Sagan, pois este merece uma publicação exclusiva.



Veja a explicação da bióloga Karlla Patícia, através do link abaixo, isto é, se você for curioso o suficiente para obter uma explicação científica ou ignorar e preferir acreditar que essa movimentação de perninhas são manifestações de algum ser maligno, montagem ou sei lá o quê! 

Aliás, se você pensar que esse vídeo se trata de uma montagem, não te critico, pois sua atitude de desconfiar de tudo que vê é mais digna do que criar uma explicação sobrenatural ou absurda. Quando você desconfia, você duvida. E se você duvida, você não será uma presa fácil para ser manipulado (a).

http://diariodebiologia.com/2014/06/pernas-de-ras-mortas-dancam-com-uma-pitada-de-sal/#.VE0dx_nF9GM

( Foto adicionada para ser visualizada via celular pois Blog apenas com vídeo não aparece. )


Elaborado pelo cético Alex Gil Rodrigues em 26/10/2014, exatamente no dia da eleição para presidente da república cujos candidatos disputando o segundo turno são Aécio e Dilma. 

23/10/2014

Você é importante?


Hoje eu quero escrever rapidinho sobre  a relatividade da "importância".

Esta semana eu recebi uma ligação telefônica de uma pessoa no trabalho, querendo saber informações sobre uma outra e me fez a seguinte pergunta:

 - Eu preciso falar com fulano, mas eu não o conheço e queria saber se ele é uma pessoa importante.

- Depende - respondi à pessoa.

Por alguns instantes se fez um silêncio incômodo do outro lado da linha.

- Como assim, depende? - pergunta a pessoa com uma leve irritação na voz.

Para encurtar a conversa respondi que aquela a pessoa não era "importante" e o assunto continuou pelo bem da hipocrisia social até desligarmos o telefone e enviarmos um abraço mútuo e fraterno.

É óbvio que eu entendi a mensagem, mas respondi dessa forma apenas para vituperar um pouquinho aquele ser arrogante.

Bem, citei brevemente esse pequeno diálogo para falar sobre a relatividade da importância nos dias de hoje. Algumas pessoas se parecem com camaleões que se relacionam de acordo com o cargo ou obtenção de alguma vantagem. 

Esse tipo de gente possui dificuldade em relacionar-se de forma natural e desinteressada, principalmente se o outro não possuir um cargo "importante" ou algo para oferecer.

Falando nisso, conheço um profissional ensimesmado que dependendo de quem eu esteja acompanhado, sou cumprimentado com um sorriso de cortesia, uma mão frouxa e carinha de bonzinho parecido com o cachorro da imagem no início dessa publicação. 

Porém, quando estou sozinho, sem a companhia de alguém "importante", ele fica cabisbaixo como se eu tivesse no modo invisível aos olhos seletivos desse canalha. Só porque o meu celular é Samsung e pré-pago? .:)

Por trás desse celular, seu canalha, existe um coração pulsante, uma mente que interpreta, um dedo que ainda tecla palavras ácidas e aperta o gatilho para quem consegue ler algo maior do que uma charge.

Não devemos nos esquecer de que cargo é uma coisa que dá "importância" provisória, enquanto a pessoa está registrada na empresa. 

Se a pessoa for demitida, desligada ou aposentada, e um dia isso provavelmente ocorrerá, ela não será mais considerada "importante", pois trata-se de uma importância relativa e com prazo de validade. 

Se você não cultivou uma relação desinteressada durante a sua vida, prepare-se para viver no esquecimento ou no vale das sobras ainda em vida.


Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 23/10/2014


19/10/2014

Franz Schubert: Ave Maria


A música que publico abaixo me remete à infância, juventude e alguns pensamentos banais.

Mesmo não sendo praticante de nenhuma religião, consigo admirar e sentir uma obra sem misturar os assuntos. 

É possível admirar uma boa música, arquitetura ou alguma celebração religiosa sem necessariamente compartilhar das ideias daquela denominação. Isso é muito claro para mim, porém percebo que os praticantes mais ferrenhos da fé, muitas vezes são obrigados (manipulados) a ignorar totalmente qualquer menção ou ritual que não seja compartilhado pelo seu grupo. 

Até hoje me emociono com alguns casamentos na igreja. Dependendo da música tocada fico emotivo e feliz. Além disso, existe um conjunto de sensações visuais e auditivas que tornam a cerimônia prazerosa como as lágrimas da noiva, a alegria no olhar de cada convidado, o pai da noiva ou a mãe dos noivos emocionados, a dama de honra carregando as alianças, o sorriso contagiante dos noivos, o sonho realizado, as notas musicais...

Escrevendo sobre isso, lembrei-me que recentemente tive o privilégio de sentir essa emoção no casamento do meu amigo Denis e Cíntia na capela da Usina São João em Araras-SP. Foi muito emocionante. Ganhei a noite e fiquei muito feliz de ter participado daquele momento especial.

Conheço gente que não entra em outra igreja em hipótese nenhuma, nem como convidado para uma simples cerimônia de casamento, para não ter contato com os "impuros" ou sei lá o quê!  Comportam-se como se cada religião tivesse o seu Deus particular.

É uma forma de politeísmo moderno. Escrevo isso com conhecimento de causa porque já fui testemunha desse fato em diversas ocasiões. 

Infelizmente isso me leva a concluir que ter a mente livre e capacidade de discernir é uma alternativa para poucos!

Como eu estava dizendo lá no início desta publicação, a música do vídeo abaixo era anunciada por uma rádio de minha cidade natal, todos os dias às 18:00 h. A programação era interrompida e o locutor chamava a Hora do Angelus.

O autor dessa obra-prima se chamava Franz Schubert. Compôs seiscentas canções e não teve reconhecimento público. Se em seu tempo existisse "feicibuque" teria menos "curtidas" do que o "famoso" Tiririca ou o polvo "Paul" da copa. 
Morreu com apenas 31 anos em 1828.

Hoje dá até vergonha de comparar essa preciosidade com as "celebridades" contemporâneas cultuadas pela televisão, revistas e pelo povo em geral. 

Mas pensando bem, o povo merece aquilo que cultua!





Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 19/10/2014.

1° Vestibular do meu filho


Domingo de sol, temperatura beirando 40°C e muita seca em Araras.

Essa semana iniciou-se o racionamento de água na cidade! Ficamos sem receber água na caixa de 6:00 h às 18:00 h.

Tempos difíceis! E pensar que isso só ocorria no Nordeste!

Pois bem, acordei cedo para levar meu filho Rodrigo Axel para participar do seu primeiro vestibular de Engenharia na Uniararas/SP.

O vestibular iniciou às 9:00 h e registrei rapidamente pelo celular (veja abaixo) esse momento importante na sua formação.

Rodrigo meu filho, eu e sua mãe estaremos juntos torcendo por você nessa viagem e atentos para te oferecer todo suporte que precisar para chegar ao seu destino da melhor forma possível.

Boa sorte meu querido! 

Entre nesse ônibus e tenha persistência para chegar até o seu destino!

Contamos com seu esforço para superar essa viagem!

Te amamos!



Alex Gil Rodrigues participando do vestibular de seu primogênito em 19/10/2014

18/10/2014

Luta


Hoje estou mentalmente cansado da luta mas tenho que seguir até o final.
Tenho que continuar por eles.
Ainda tenho forças físicas que me assustam.
E é por isso que não me rendo.
Até não suportar mais o peso.
Da vida, da terra...
Do fim.

14/10/2014

Sangue na veia



Costumo escrever algumas frases soltas e bobagens que nem sempre são entendidas.

Explico melhor essa introdução.

Outro dia, meu irmão comentou, que não entende certas coisas que escrevo aqui no Blog Banal.

Fiquei até preocupado se isso era uma insensibilidade de minha parte ou até mesmo falta de sintonia com o mundo...

Já que falo sobre sintonia, aqui em Araras existe uma clínica psiquiátrica que se chama Sayão (mudei de direção do assunto mas logo retorno). 

Lá residem várias pessoas que também falam coisas que ninguém entende...

Depois de refletir um pouco cheguei a conclusão que nem todas as coisas são efetivamente entendidas e não estou sozinho nessa. 
Muita coisa precisa de reflexão, experiência ou preparo para o entendimento, além é claro de uma dose de loucura.

Hoje por exemplo, ocorreu uma situação em meu trabalho que por razões óbvias não revelarei a essência, que logo após o evento, me veio a seguinte inspiração:

" No trabalho, é mais fácil domar aquele que tem sangue quente na veia do que ressuscitar um morto".

Para mim essa frase possui todo o sentido, porque sei do que estou falando, mas não sei se entendem o que quero dizer...

Mostrei essa frase a um colega de trabalho e ele leu umas três vezes e não entendeu nada. Perdi até a vontade de explicar, pois para mim a metáfora está muito clara.

Pensando bem, pode ser que o que escrevo e penso só faça sentido para mim mesmo ou sou meio louco e não sei.

Também não sei se você que está lendo isso nesse exato momento entendeu o sentido dessa frase...provavelmente nunca saberei.



Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 14/10/2014.

11/10/2014

Leitor Anônimo escreve.


Olá meu leitor anônimo! Fiquei tão feliz por receber o seu e-mail que acordei com uma vontade danada de bater na porta do vizinho que nunca falou comigo e desejar aquele bom dia infante arreganhando os incisivos, caninos, pré-molares e até os molares! :)

Mas para não incomodar a sagrada privacidade do meu vizinho, desisti e resolvi reproduzir nesse espaço uma parte de nosso diálogo, nada importante para o destino da humanidade e da cachorrinidade.

Como você não se identificou vou chamar-lhe de "primo", com sua permissão ou não, para que o diálogo seja melhor entendido pelos visitantes do Blog Banal. 

Alerto aos visitantes que caso não compreendam esse diálogo, não se preocupem, nosso planeta continuará sua viagem a 107 mil quilômetros por hora e além disso existem questões muito mais importantes que ainda não compreendemos.

Para você que ainda não conhece esse Blog vou logo adiantando que ele é tão desnecessário quanto uma balde de água para o afogado e dependendo do contexto, tão refrescante quanto uma cerveja gelada ou uma garrafa de água mineral gasosa depois de uma noite de ... Bem, deixa prá lá, pode ter crianças. :)

Não entendeu? Não tem importância, segue o fluxo, como diria meu velho amigo Vanderlei.

Vamos fatiar a nossa conversa como uma boa faca afiada e reluzente de um açougueiro mais louco do que o autor do Blog Banal.

1 – Primo escreveu: Contra fatos não há argumentos!

Blog Banal responde: Certo. 2+2=4 e o Planeta Terra gira em torno do sol.

2 – Primo escreveu: Apenas Jesus Cristo foi visto por todos, “independente de crença”!

Blog Banal responde: Se tu referes o termo “ser visto” no sentido de “enxergar” e “admitindo” que a vida de Jesus tenha ocorrido conforme descrito nos “Evangelhos sinópticos”, sua presença foi “vista” apenas a um grupo de pessoas daquela região. Logo quem estava em Filipinas, Japão, Índia, França ou Terra-média também não “viu" nada.

3 – Primo escreveu: Penso que não precisa discutir, pois se fosse um romance, ou livro de ciência, ou OVNIS nada disso mudaria o caráter das pessoas.

Blog Banal responde: Em primeiro lugar a finalidade da ciência e seu método científico não é “mudar o caráter” da pessoa. Essa pretensão é seara de outro grupo.

Primo, não fique chateado com a ciência não. Ela está nos ajudando inclusive escrever nossas bobagens que não vai nos levar a lugar nenhum nessa tela virtual.

Outra coisinha, estamos vivendo mais e bem melhor que nossos antepassados graças à ciência. Nossa expectativa de vida no Brasil em 2010 (73,62 anos) e em 1960 (54,69 anos). 

Como posso ter problemas com o conhecimento científico que nos proporciona vida longa, conforto e qualidade de vida em vários aspectos? A medicina prolonga a vida de nossos filhos através de medicamentos, vacinas, intervenções cirúrgicas. Antigamente se morria de parto, tuberculose e muitas doenças que hoje tratadas com antibióticos, penicilina e muitas outras doenças... 

Olhe em volta quanto conforto existente: Telefonia, automóvel, avião, lâmpada, óculos, microscópio, anestesia, transistor. Olhe esse teclado que você está utilizando para escrever para mim nem sei de onde.

Agora caráter já é coisa complicada. Não é e nunca será monopólio da religião. Existem canalhas de toda sorte. Dentro da igreja passando imagem de bom moço enganando e enriquecendo através da fé das pessoas. Fora da igreja também. Existe canalha na polícia, na política, na igreja católica, na igreja evangélica, no candomblé, no espiritismo, no trabalho, na empresa, no bairro, na associação de bairros, na escola, no clube....em TODO LUGAR. Você sabe porquê? Porque onde existe a raça humana, existe a POSSIBILIDADE de existir um mau caráter, sendo religioso ou não religioso.

4 – Primo escreveu: Todos acreditam em extra-terrestres mas ninguém viu algum até hoje.

Blog Banal responde: Todos não. Eu não acredito em ET (seres de outros planetas). Crendices, superstições, urinoterapia, simpatia, horóscopo, mula sem cabeça, Saci Pererê, anjos com asas, cobra que fala, nem Papai noel.

Fique em paz primo e escreva sempre que tiver vontade que agora tenho que me despedir porque vou pegar uma garrafa de água mineral gasosa que estou com sede. :)


Abraços 

Alex Gil Rodrigues em 11/10/2014

07/10/2014

Interesse e utilidade



"Tornamo-nos desinteressantes ou inúteis quando deixamos de servir aos interesses dos outros".

Márcio Souza




Publicado por Alex Gil Rodrigues em 07/10/2014 enquanto pensava nesse assunto.

04/10/2014

As etapas da vida



Raro visitante do Blog Banal, seja bem-vindo! Aqui você não precisa limpar os pés, lavar as mãos, ter autorização, assinaturas, pedigree, integração, bons antecedentes criminais, prova de vida, licença, saúde perfeita e nem crachá para visitar esse espaço. Simplesmente entre do jeito que você quiser e se sinta a vontade para perder o seu precioso tempo e conhecer alguns pensamentos banais.:)

Nesse momento, enquanto tomo um cafezinho quente, me preparo para escrever mais algumas bobagens através das teclas de meu notebook Dell, que acabei de comprar após aposentar o velho Toshiba depois de 6 anos de uso.

Estou de frente ao meu teclado QWERT observando a fumacinha sinuosa que desprende da minha xícara enquanto penso sobre as prioridades da vida...

Se você entrou pela primeira vez por aqui vou logo explicando que escrevo sem compromisso e desordenadamente. A vida organizada fica em outro ambiente. Aqui vale tudo... até mudar de assunto...

Nesse clima, vou aproveitar o gancho, abrir um parêntese no tema para explicar aos mais curiosos o que significa essas iniciais QWERT.

"O nome vem das primeiras letras da primeira linha do teclado.
A disposição das teclas foi patenteada por Christopher Sholes em 1868 e vendida à Remington em 1873, quando foi visto pela primeira vez em máquinas de escrever.

Nesse layout, os pares de letras utilizados com maior frequência na língua inglesa foram separados em metades opostas do teclado, numa tentativa de evitar o travamento do mecanismo das rudimentares máquinas de escrever do século XIX. Ao alternar o uso das teclas, o arranjo evitava o travamento de teclas nas antigas máquinas de escrever: enquanto uma mão acerta uma tecla, a outra localiza a tecla seguinte".

(Observe a sequência das letras QWERT)
Voltemos ao que eu estava pensando durante o meu café.. Ah! Alerto que essa explicação no Blog Banal não mudará um milímetro sequer a sua vida. :)

Via de regra, na primeira parte da vida, nossa preocupação, normalmente, é voltada para o exterior, seja para formação acadêmica, conseguir um emprego, encontrar um relacionamento, constituir uma família, adquirir bens como carro, casa e etc.

Na segunda metade, numa certa idade, após lutar para conseguir esses objetivos, voltamos para o nosso interior, buscando qualidade de vida, equilíbrio para enfrentar a vida e tentar ser uma pessoa melhor do que fomos. 
Esse processo não acontece na mesma idade, mas normalmente ocorre depois dos quarenta anos. 

Acredito que nessa fase temos a tendência de nos tornar mais humanos (nem todos!) e começamos olhar a vida e as pessoas de uma forma diferente... ficamos até mais tolerantes (Será? Conheço gente que já passou dos sessenta é está do mesmo jeito). :)

Essa segunda etapa coincide também com nossa consciência da mortalidade. Quando somos jovens naturalmente não pensamos muito nisso e talvez aí esteja a chave dessa etapa.

Num determinado momento, algo em nossa mente se "acende" e nos lembra que não teremos muito tempo... e até perdemos a pressa tão comum em nossa juventude. 

É uma fase muito interessante, principalmente quando atingimos a maturidade psicológica seguida da experiência de vida. Sentimos-nos mais soltos e não preocupamos com certas miudezas desnecessárias (Será mesmo?). É claro que nem todos os adultos alcançam essa condição e permanecem "eternas" crianças, dependentes e prisioneiros... 

Depois dos quarenta anos perdemos um pouco da beleza e o vigor, mas ainda bem que ganhamos algumas compensações como por exemplo: mais experiência, diminuição da vaidade (nem todas), mais serenidade, despreocupação com o que os outros pensam, muitas outras bobagens que apagamos com o tempo, etc.
E isso é muito valioso!

Uma pena não termos a juventude do corpo com a experiência do tempo, mas tudo bem, é impossível ter o café quente durante toda a noite.

A propósito vou parar de escrever e tomar o último gole antes que o meu se esfrie, afinal degustar um café quente ainda é mais saboroso do que os melhores adjetivos para descrevê-lo.

Boa noite! 



Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 04/10/2014 na véspera das eleições presidenciais onde os três candidatos mais cotados são Aécio, Marina e Dilma.