01/01/2015

O que é "sucesso" para você?




Terminei o ano de 2014 com a leitura de um livro chamado “A TERCEIRA MEDIDA DO SUCESSO“ de Arianna Huffington.


O título me pareceu chato, mas após lê-lo, me enganei. O primeiro capítulo: "Bem-estar" já vale o livro inteiro e confesso que os outros capítulos não me conquistaram, mas isso não tira o mérito desse livro. 

Você pode até torcer o nariz por esse tipo de livro por puro preconceito, mas leia primeiro antes de concluir. Eu também tinha essa barreira por determinados livros e hoje prefiro colocar o dedo dentro da lata, cheirar e só depois constatar que era estrume mesmo! :) (Caso não tenha entendido essa frase, outro dia conto a origem dessa colocação).

Encontrei esse livro casualmente na Livraria Eureka de Araras e ao folheá-lo não resisti. Eu estava precisando desse tipo de leitura nesse momento de encerramento do ano para reavaliar algumas coisas da minha vida e mudar o rumo para ter mais qualidade, antes que eu morra!

Comprei e o li em 4 dias. Gostei tanto que comprei mais um e presenteei um amigo.

Essa leitura estimula refletirmos sobre as escolhas que fazemos na vida.

Temos aproximadamente 30 mil dias para viver sendo otimista com nossa expectativa de vida.

A maneira como vamos jogar o jogo da vida será determinada por aquilo que valorizamos. Se venerarmos o dinheiro, nunca nos sentiremos realizados de verdade. Se venerarmos poder, reconhecimento e fama, jamais acharemos que temos o suficiente. E se vivermos a vida numa correria frenética, tentando encontrar e economizar tempo, acabaremos exaustos e estressados.

A nossa sociedade nos incentiva a ganhar mais dinheiro e a subir cada vez mais alto na escada do sucesso, mas ela quase não nos estimula a permanecer conectados com nossa essência, a cuidar de nós mesmos, a nos aproximar dos outros, a recuperar a nossa capacidade de admiração, etc. 

A autora é uma mulher muito bem sucedida na carreira e inicia o livro dando seu próprio testemunho de vida. Ela conta que numa manhã de Abril de 2007, jazia no chão do escritório, deitada numa poça de sangue e que ao cair, bateu com a cabeça na quina da escrivaninha, cortando o olho e fraturando o osso da maçã do rosto.

Depois desse colapso, consultou vários médicos, fez vários exames para descobrir o motivo de seu esgotamento físico e depois disso refletir e formular uma série de perguntas sobre o tipo de vida que estava levando, trabalhando 18 horas por dia, mesmo tendo sido apontada pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.

A partir desse momento ela se questionou sobre o que é sucesso, se essa era a vida que ela queria. De acordo com os indicadores tradicionais de sucesso, que prioriza dinheiro e poder, ela era bem-sucedida. Mas segundo, qualquer definição lúcida de sucesso, a sua vida era um caos e não dava para continuar daquele jeito. Aquele colapso significou o sinal de alerta.

A cultura ocidental do trabalho é movida a estresse, privação de sono e esgotamento. O estresse destrói a saúde, enquanto a privação do sono – que muitos de nós experimentamos ao tentar progredir no trabalho – afeta profundamente a criatividade, a produtividade e a capacidade de tomar decisões, além, é claro dos erros ocorrerem com mais frequência.

Quando incluímos o bem-estar na definição do sucesso, outra coisa muda: nosso relacionamento com o tempo. Parece que nunca temos hora o bastante para tudo o que queremos ou precisamos fazer. 

Cada vez que consultamos o relógio, temos a impressão de que é mais tarde do que pensávamos.
Não vou escrever mais sobre o livro porque vai ficar muito longo esse texto e gostaria apenas de indicá-lo, afinal aqui no Blog Banal, livros é um assunto muito bem-vindo.

Boa leitura a quem se interessar pelo tema.


Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 01/01/2015.


Nenhum comentário:

Postar um comentário