17/01/2015

Legião da Boa Vontade?



Janeiro de 2015, sábado de sol escaldante e seca em Araras. 

Após cuidar das demandas da vida, tomar mais um banho para refrescar e almoçar, finalmente deitei em minha cama debaixo do ventilador para escrever um pouquinho em meu Blog e o telefone tocou.

- Boa tarde, estou falando com o Sr. Alex Gil?

- Sim, sou eu mesmo!

Do outro lado da linha uma voz suave como se fosse uma humilde freira me convida para ajudar as criancinhas que passam fome no Brasil e deseja uma ótima tarde para a minha família e também diz para Deus nos abençoar! (tudo lindinho e fofinho até aqui).

 - Fui direto ao ponto e respondi que não estou interessado em ajudar e assim que terminei a frase, aquela voz antes suave se transformou numa autêntica atendente de telemarketing determinada atingir sua meta do dia.

 - Mas o senhor não se sente incomodado com crianças passando fome enquanto sua família "esteja" (?) muito bem alimentada? - retruca a mulher agora incorporando o "capeta" ou sei lá o quê (sem esquecer de registrar que não acredito em capeta, inferno, céu, cobra falante, nem bondade despretensiosa) !!!

 - Incomodado eu me sinto com você sua invasora de paz alheia! - respondi ao "capeta". :)

Eu me irritei tanto com a pergunta que falei também para ela pedir ajuda à Dilma pois meus impostos estão lá, visto que trabalhamos 150 dias por ano (1º Janeiro a 30 de Maio) para resolver isso também!

A mulher nesse momento se irritou mais ainda e perdeu toda a sua candura inicial e me chamou de ignorante!

Não dava mais para continuar, desliguei o telefone esquecendo de mandar essa vaca, ops, atendente à merda e o faço agora através do meu bloguinho.

Aproveito para registrar também que se você quer fazer caridade faça com suas próprias mãos e recursos, sem a intermediação de terceiros e tome cuidado com esses profissionais da caridade.



Elaborado por Alex Gil Rodrigues no verão de quase 40º C de 17/01/2015. 
Bendito seja todo o ar condicionado e ventiladores da Terra e livrai-me de toda ligação telefônica inconveniente, amém!

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