26/03/2017

Não vivemos a vida como queremos


Todos os dias acordamos e não conseguimos viver a vida como queremos. 

Tomamos o café e seguimos resignados pela trilha aberta na mata da existência.

Caminhamos muitas vezes pela terra marcada que com o tempo já nem desviamos mais de cada contorno dos pés endurecido pela vida.

Nosso encontro diário neste chão duro de terra vermelha afundará lentamente, até que se transforme um dia, numa cova profunda, íntima e definitiva.

Alex no Outono feliz de 2017.


25/03/2017

Perfume nas mãos



Há um provérbio chinês que diz:

Um pouco de perfume sempre fica nas mãos de quem distribui flores. 

Eu acrescentaria:

Bosta também!


22/03/2017

Sou mau?



Em algum tempo eu estava dirigindo o meu carro enquanto retornava com a minha família de um shopping de Piracicaba, distante 60 km da cidade onde moro e algo muito desagradável ocorreu durante a viagem.

As condições meteorológicas eram excelentes, a pista estava muito tranquila e a velocidade do carro devia ser em torno de 100 km/h.

Meu carro ocupava o lado direito da pista e viajávamos tranquilos, sem obstruir a passagem de quem quer que desejasse ultrapassar pela nossa esquerda.

Inesperadamente, uma carreta sem carga, surgiu em alta velocidade passando rente à lateral esquerda do carro, fazendo um barulho assustador e forçou a entrada à minha frente, me obrigando a virar automaticamente o volante com rispidez para a direita e reduzi a velocidade para o nossos veículos não se chocarem!

A carreta seguiu em alta velocidade, buzinei e pisquei o farol para ele visualizar a minha indignação. Ele continuou em alta velocidade e ainda piscou a alerta traseiro antes de desaparecer pela estrada.

Fiquei por alguns minutos analisando se eu havia cometido alguma falha na condução do veículo para que ele tivesse aquela reação e não encontrei nenhuma explicação em minha mente. Não havia nenhum veículo que o obrigasse entrar na minha frente e a sua pista estava livre!

Naquele momento tenso eu desejei com muito ardor que algo ruim acontecesse àquele motorista na estrada, para que ele "pagasse" o mau e o risco em que ele colocou a minha família. Eu o odiei por alguns quilômetros, e alguns litros de sangue por minhas artérias!

Depois disso tudo fiquei pensando se essa reação que tive é porque sou uma pessoa má, que não consegue perdoar as falhas dos outros ou por que não tenho sangue de barata.


Assim registro mais uma memória banal enquanto a vida segue. 


21/03/2017

A corda que une os seres



Imagine dois animais ligados entre si por uma corda de sisal.
Considere que estes animais gostam de ficar perto do outro, apesar da corda.
Embora a corda ainda estabeleça a união entre ambos, sua ausência não separa o vínculo.
Com o tempo, se a relação for satisfatória a função da corda torna-se inútil.
Triste a relação cuja corda é o único motivo que mantém dois seres próximos.
Você já parou para pensar se a sua relação depende de uma corda?
Qual o nome de sua corda?


17/03/2017

Fazer o bem sem olhar a quem?


Você já ouviu aquela frase: "Fazer o bem sem olhar a quem"? Tenho certeza que sim.


Hoje vou contar uma história real ocorrida ontem, com uma pessoa próxima que chamarei de Angelino, porque a sua identidade não vem ao caso.


Angelino me contou que voltava à sua casa, dirigindo o seu carro, quando subitamente um veículo que estava à sua frente atropelou um cachorro e seguiu o seu caminho sem prestar socorro ao animal. 

Ele notou que o condutor que atropelou o cachorro, percebeu o acidente, porque viu o motorista virar o volante abruptamente à esquerda, assim que houve a batida.

Assim que desceu do seu carro, viu que o cachorro estava ferido e puxou-o cuidadosamente para a calçada. Ao acariciar a sua cabeça, notou que ele possuía uma coleira de couro e na parte interna havia gravado um número de telefone e o nome Brutus. 

Imediatamente puxou o celular do bolso e ligou algumas vezes para aquele número, para avisar sobre o acidente e ninguém atendeu. 

Como não obteve sucesso nesta ligação, buscou na internet o número do telefone de uma ONG muito conhecida na cidade de Araras chamada SAPA (Sociedade Ambientalista Protetora dos Animais), onde os animais de rua são enviados. 

Feito o contato, o socorro da SAPA demorou cerca de vinte minutos para chegar ao local do acidente e prestar o socorro necessário ao bichinho. Após os procedimentos de emergência, anotaram todos os dados, endereço e fone de Angelino, para registro no sistema e levaram o animal para tratamento. 

Angelino foi embora para sua casa preocupado com o estado de saúde do cachorro, porém com a consciência em paz por ter feito o que deveria ser feito. 

Após tomar o seu banho, vestiu o pijama, jantou e quando finalmente estava se preparando para deitar, o seu telefone tocou. Eram 22:00h quando atendeu e do outro lado da linha uma voz grave disparou: 

- ALÔ! QUEM ESTÁ FALANDO? 

- Aqui é o Angelino, pois não? 

- OLHA, ESTOU LIGANDO PORQUE FIQUEI SABENDO QUE VOCÊ ATROPELOU O MEU CACHORRO SEU SAFADO! 

- Como assim? Eu não atropelei o seu cachorro....pelo contrário, eu sou a pessoa que socorreu o seu cachorro! 

- NÃO TENTE DISFARÇAR SEU SAFADO! A SAPA LIGOU PARA ME COBRAR AS DESPESAS E ME DEU O SEU TELEFONE... AGORA VOCÊ VAI TER QUE PAGAR PELO QUE FEZ! E NÃO ADIANTA FALAR QUE NÃO FOI VOCÊ PORQUE TENHO CERTEZA... UM TRUTA MEU PASSOU DE MOTO NA HORA DO ACIDENTE E VIU QUANDO VOCÊ ATROPELOU... TODO MUNDO QUE PASSAVA PELO LOCAL VIU O QUE VOCÊ FEZ! 

- Senhor, eu, eu não a-tro-pe-lei o seu ca-cho-rro, eu já... 

- VOU TE DIZER MAIS UMA UMA COISA...EU SEI QUE FOI VOCÊ E VAI TER QUE PAGAR TODA A DESPESA QUE A SAPA ESTÁ ME COBRANDO. TENHO O SEU ENDEREÇO E AMANHÃ CEDO VOU NA SUA CASA RECEBER. 

Após dar o ultimato, o dono do cachorro bateu o telefone com força e tu tu tu (desligou!) 

Do outro lado da linha, Angelino, foi para a sua cama e deitou com os olhos arregalados em direção ao teto sem conseguir dormir a noite inteira...


16/03/2017

Existe amor ao trabalho?



Pensando sobre uma coisa que ouvi sobre o "amor" ao trabalho...
Quando comemos um pão quente, não sabemos quem é o padeiro e nem temos interesse na vida do padeiro.
Apenas apreciamos e pagamos por esse pão que consumimos e se gostamos, voltamos e compramos.
Do lado do padeiro, ele também não está interessado na vida de quem consome o seu pão. Ele faz o seu pão, para sobreviver e para vender mais pão. O prazer até pode existir nessa atividade, mas não necessariamente por amor ao produto.
Tal sentimento é irrelevante na qualidade e relações comerciais.
Um fornece um produto e o outro consome. 
Excepcionalmente, o único amor existente nessa relação é o "amor" próprio, cujo produto ou esforço pode ser retornado como aquisição de necessidades, conforto ou satisfações.
Não há necessidade de "amar" o produto para que se obtenha qualidade ou seja bem feito.
Acho que Isso é irrelevante no resultado. Exigir "amor" nesse tipo de relação é querer romantizar algo totalmente desnecessário.

Assim penso por hoje.


07/03/2017

O prazer do disco de vinil





A agulha do toca-discos toca suavemente e desliza pelos sulcos macios do vinil como se fossem dois corpos em movimentos contínuos, delicados e circulares, inundando o ar de prazer com sua música lasciva e revigorante, enquanto os olhos se fecham lentamente.

Alex



05/03/2017

Rede Social - Nova fase


Tive que apagar a publicação abaixo de minha rede social para evitar problemas de relacionamentos. Quando publiquei, solicitei que ninguém curtisse ou comentasse para não aparecer no feed de notícias dos excluídos, mas infelizmente a minha solicitação não foi atendida e logo o primeiro que leu, curtiu!!! Aí tive que desabilitá-lo!
Como eu sei que o público do Facebook não lê algo maior do que uma charge (hehehe), resolvi deixar por aqui em meu Blog Banal para registro. 


"Hoje 05/03/2017 é um dia importante. Aliás, todos os dias deveriam ser importantes, pois a vida é breve. O motivo é que inicio uma nova fase em minha rede social. Houve um tempo em que eu queria ter muitos amigos, aceitava e enviava convites para qualquer pessoa que compartilhasse o mesmo ar que respiro ou tivesse algum interesse mútuo e julgava que isso era bom... mesmo que a pessoa fosse apenas uma sombra ou vivesse como um expectador silencioso. Hoje minha filosofia de vida será simplificar e intensificar tudo que agrega e vale a pena direcionar o meu raro tempo neste planeta. O número de "amigos" ainda pode aumentar porque me arrependi de ter excluído algumas pessoas... Se bem que a pessoa nem notará ou ainda eu ter prestado um grande favor porque não sou tão simpático e costumo expor pensamentos que incomodam. Enfim, a vida continua. Hoje encontro-me com menos de 100 pessoas (Já tive quase 300 contatos!) e se você está lendo, você faz parte dessa nova fase e acredito que a sua presença em minha rede social é importante. Peço desculpas àqueles que excluí injustamente pois não sou perfeito. Ninguém é. Perfeição aliás é um ideal que o homens inventaram para fugir do mundo real. Por favor, não compartilhem esta publicação para não ficar chato quando eu encontrá-los na fila do pão".





Sou um sujeito meio estranho mesmo! 


Bobagem isso que escrevi né? Vou deixar.