21/07/2015

Ninguém fala em meu nome!



É tanta gente falando em nome de "Deus"!

- "Deus" não gosta disso, "Deus" não gosta daquilo... 

Eu nunca daria permissão para falarem em meu nome... e olha que sou um sujeito banal, limitado e finito.

Como existe gente que idealiza o seu "Deus" conforme sua "imagem" particular e se acha mediador dos "desejos" e "objetivos" do suposto criador!!!

Bem, nem vou continuar este tema porque é perda de tempo... 

Termino com uma frase de Richard Dawkins para pensar:

As pessoas defendem apaixonadamente a religião que receberam de seus pais. Defenderiam com igual paixão qualquer outra fé, possivelmente oposta, se tivessem nascido em outra família.




Alex Gil Rodrigues em 21/07/2015 

15/07/2015

08/07/2015

Amizade de uma bola só



Hoje escreverei sobre "amizades" superficiais.
Dizem que a amizade entre as pessoas é uma via de mão dupla.
Essa é a regra geral, mas na vida real isso nem sempre acontece.
Porém, é difícil esconder o sol e a verdade por muito tempo.
Algumas pessoas ignoram com classe, sutilmente e nos pequenos detalhes.
Imagine uma bola de tênis que é arremessada apenas de um lado.
Você pega a bola, joga para o alto e bate firme com a raquete.
A primeira bola vai em direção à outra.
Você pega a segunda bola e joga.
A segunda bola apenas vai... e não volta.
Você pega a terceira bola e fala para o outro jogador devolver.
Ele devolve.
Você joga a quarta bola
A quarta bola vai e não volta.
Enfim, você acaba descobrindo que apenas você joga todas as bolas.
A devolução ocorre eventualmente ou quando se pede a devolução da bola!
Sabe quando a outra pessoa nunca inicia o jogo e sempre é você quem primeiro arremessa?
É muito desagradável jogar assim.
No início da amizade isso pode ocorrer despercebido.
O tempo passa e um dia surge uma centelha de desconfiança em sua mente.
Você finalmente descobre que está sendo ignorado e inicialmente resiste em acreditar, afinal você possui consideração pelo outro e pensava ser recíproca.
Quando o ignorado percebe que está jogando a bolinha sozinho, tenta vasculhar o passado para descobrir o que houve de errado...
Pode ter sido uma resposta mal elaborada, um comportamento inadequado, uma personalidade que não agrada, uma forma diferente de ver o mundo...
Pode ser muita coisa.
No início você até faz de conta que não é nada e vive como se tudo estivesse dentro da normalidade para preservar a amizade.
Com o tempo, a parte ignorada, apesar de não saber o motivo real, sente que há algo anormal. Algo estranho e dissonante.
E então começa a ficar incomodado, tentando descobrir o que pode ter ocasionado... 
Pior é que nem sempre se descobre o motivo.
Fica apenas a intuição de que existe algo errado... Velado.
Quando o ignorado o procura até recebe bom tratamento, como se estivesse tudo bem...
Atende com naturalidade e educação, mas... há algo estranho!
Uma frieza dissimulada disfarçada de cortesia?
Não, não é possível!
Ou é possível? Fica a dúvida.
As peças não se encaixam... mistério!
Falta de interesse? Decepção? Uma palavra que ofendeu? Ou alguma mágoa escondida?
Tic-tac tic-tac tic-tac
Mais uma bola arremessada sem retorno.
O jogo precisa continuar...
Vamos em frente.


Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 07/07/2015. 

05/07/2015

Diferença entre Cristão, Judeu e Muçulmano

Encontrei uma forma bem "didática" para explicar aos neófitos a diferença entre Cristão, Judeu e Muçulmano



Capturado por Alex Gil Rodrigues em 05/07/2015. Autor: Carlos Ruas

03/07/2015

Cansado e desidratado


Sábado de 2005.
Estou cansado e desidratado! 
O vento quente e preguiçoso passa suavemente entre as folhas de uma árvore gigante plantada num subúrbio de meu passado.
Raros pardais cantam livres e sem censura, escondidos atrás das folhas e das amêndoas verdes.
Às vezes, ser feio na natureza pode ser uma grande vantagem. O Pardal não possui beleza, mas em compensação é livre.
Encontro-me sentado atrás das grades de ferro da varanda, enquanto me recupero. 
Sinto o calor tocando em meu corpo recém desidratado após tomar 2 litros de soro na veia. Mas foi por um bom motivo, se é que posso dizer assim!

Pedalei de Barra Mansa-RJ até Bananal-SP pela primeira vez em 2005 e confesso que faltou planejamento na minha aventura. Eu era um frango de granja despreparado. Além de não ter levado água para beber, não havia água pelo trajeto, nem bica ou nascente e isso me causou um grande problema. 
O calor minava a minha energia. O asfalto quente tremulava à distância. Várias subidas, longas retas e pouco movimento. Cenário perfeito para quem curte afastar-se do movimento frenético da cidade. A visão das pequenas fazendas e da estrada compensam o esforço, desde que hidratado! O sol forte do meio dia estava insuportável. Cheguei até Bananal de forma tranquila. Isso tudo me ocorreu na volta para casa. Bananal para quem não conhece é uma cidade que faz divisa com Barra Mansa, possui apenas 10.000 habitantes e fica distante 25 Km. Não é longe, mas de bicicleta no verão deve ir preparado. A vida lá parece que não anda. Parece não, não anda mesmo.

A propósito, no centro existe uma vila de casas centenárias, lojas de tapetes artesanais, sorveteria, praça, igreja e uma farmácia da época do Império que conforme me informaram encontra-se fechada atualmente (não sei se é verdade, pois fazem 7 anos que estive lá). Muitos vidros, princípios ativos, sangue em pó!!!, drogas de várias espécies, máquina para fazer comprimido e rolhas, etc.

O nome da farmácia ainda está escrito com "PH" e foi fundada em 1830. Chegou a receber um prêmio da Fundação Roberto Marinho como a mais antiga farmácia em funcionamento no Brasil e apesar de tombada pelo Patrimônio Histórico, encontra-se em situação precária desde a morte de seu antigo proprietário. Logo estará no chão e ficarão apenas as fotografias e a história.

Já me sinto melhor agora que acabo de terminar esse registro banal de bananal.

Da varanda silenciosa penso no mundo. Na minha mão direita uma caneta azul, em meu colo um velho caderno e na minha mente um mundo de recordações.

Termino mais uma história banal e aproveito para registrar que depois dessa primeira experiência voltei várias vezes à Bananal e nunca mais tive problemas. Ninguém quer saber disso? Não tem problema. Reconheço que não é história brilhante e nem importante, mas gosto de distrair um pouquinho com as letras.

Até breve!


Elaborado por Alex Gil Rodrigues em 02/07/2015.